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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

MDB com comando firme no Buriti

Antes disso, Celina participou 4ª edição do Dia da Mulher da Defensoria Pública do Distrito Federal que, de saída, realizou 610 atendimentos.

Eduardo Brito

07/08/2023 19h28

Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

As mudanças no controle do MDB brasiliense, já anunciadas, mas que se formalizarão no dia 19 de agosto, durante reunião do diretório, tem um sentido claro.

Por quase 20 anos presidente regional do MDB brasiliense, o ex-vice-governador Tadeu Filippelli constata que a indicação do presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz, para conduzir partido na capital foi feita pelo que chama de “grupo político de Brasília, liderado pelo governador Ibaneis Rocha”, e teve o dedo, obviamente, do próprio Ibaneis.

Essa orientação fica claro quando se registra que se incluíram na escolha quadros dependentes do governador, como toda a bancada distrital do partido e figuras como o administrador do Cruzeiro, Gustavo Aires, e Rose Rainha, superintendente do Sebrae-DF.

Por outro lado, reduz-se o peso da bancada federal do MDB, integrada pelo ainda presidente Rafael Prudente, que protagoniza uma participação maior ao governo Lula.

Houve, portanto, uma guinada estratégica no MDB regional, legitimada por ser Wellington Luiz, além de presidente da Câmara, o emedebista mais antigo com mandato mais longo da sigla, o que torna sua indicação natural e consensual. Isso pode custar, e evidente, um sacrifício dos projetos pessoais de Rafael Prudente, embora possa até preservar sua reeleição.

E, por tudo isso, reforça a candidatura ao Buriti, já colocada, da vice-governadora Celina Leão, assim como de Ibaneis para o Senado. Tudo isso reforça a negociação com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que assumiu compromissos com Celina e, assim, com o Buriti.

Agenda das mulheres

Enquanto isso, Celina acelera seus compromissos e ganha visibilidade. Participou nesta segunda-feira 7, do lançamento de um mês de programação de defesa da mulher, a partir do 17º aniversário da Lei Maria da Penha.

Ao lado da secretária Gisele Ferreira, exibiu a camiseta lilás que começou a ser distribuída na campanha, afirmando que “o governo do DF literalmente veste a camisa da mulher”. Conosco, disse, “as mulheres não ficam sem ajuda”.

Antes disso, Celina participou 4ª edição do Dia da Mulher da Defensoria Pública do Distrito Federal que, de saída, realizou 610 atendimentos.

Essa programação inclui atendimentos de mediação, orientação jurídica e psicossocial, exames de DNA, consultas com médica da família, realização de mamografias e exames citopatológicos, inserção de DIU e atendimentos odontológicos.

Fundo Constitucional é parte do pacote

Cada vez mais o Fundo Constitucional do Distrito Federal aparece como peça da composição com o presidente da Câmara Legislativa, Arthur Lira.

O relator do projeto na Câmara, Cláudio Cajado, insiste na defesa da imposição de limites ao fundo, mas admite, aparentemente a contragosto, que não resistirá caso Lira e os líderes partidários da Câmara assumirem de vez a defesa dos recursos para Brasília.

Afinal, o apoio ao fundo cresce na própria Câmara. O PP, partido de Lira e Celina, assumiu o compromisso de votar a favor da preservação, assim como o Republicanos.

A teimosia de Cajado é atribuída a uma tentativa de agradar o Planalto, onde teria gente disposta a punir a segurança pública da capital, mas essa tese é apontada como politicamente inviável, por ser hoje confrontacional demais.

O senador brasiliense Izalci Lucas acha que isso foi decidido quando o Senado aprovou emenda corretiva, “pois o presidente Arthur Lira reconheceu que os líderes já concordam” e que se comprovou que, caso o corte vigorasse, os recursos do Fundo cairiam pela metade.

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