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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Mais leniência com os furtos

Tudo isso, acrescentou, precisa ser repensado. Só para não perder o costume, a deputada petista aproveitou para dar mais uma estocada na família Bolsonaro

Eduardo Brito

05/09/2023 20h35

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Falando em nome do governo, a deputada brasiliense Érika Kokay se opôs a projeto que endureceria o cumprimento das penas por furto. Érika disse que, se aprovado e aplicado o projeto, “a pessoa que furtar, qualquer que seja o furto, inclusive furto famélico, vai ter que ir para a cadeia, só que nós temos a terceira maior população carcerária do Brasil, e não há uma diminuição da violência”.

Pela ótica da deputada do PT, os furtos de pequena monta, sem violência, não deveriam levar a penas de prisão, para não falar no chamado furto famélico, aquele em que a pessoa viola a lei apenas para enfrentar a fome e o abandono.

Na opinião de Érika, a atual legislação penal, assim como as tentativas para endurecer penas representam uma “demagogia penal que só deveria servir para quem comete furto em grande medida, comete furtos sem qualquer tipo de agressão à própria vida”.

Tudo isso, acrescentou, precisa ser repensado. Só para não perder o costume, a deputada petista aproveitou para dar mais uma estocada na família Bolsonaro: “ao mesmo tempo, quem é genocida, quem rouba joias, quem rouba os recursos públicos, como o inelegível, esses aqui são aplaudidos”, disse.

Defesa da Polícia Civil

A propósito, a deputada Érika Kokay, quem diria, foi à tribuna em defesa dos salários dos policiais. Após lembrar que historicamente foi da Polícia Civil do Distrito Federal que saiu a Polícia Federal, Érika citou que até o Governo Dilma Rousseff, havia isonomia entre a Polícia Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal e era “uma isonomia justa, porque nós estamos falando de uma polícia que é bancada com recursos da União, pela Constituição brasileira e que tem que ser organizada pela própria União”.

No entanto essa isonomia foi rompida e é preciso que ela seja resgatada, até porque a legislação que rege a Polícia Civil e que rege a Polícia Federal é exatamente a mesma.

Por isso, completou a deputada, “não faz sentido hoje você ter esse nível de defasagem, em que toda vez que houver reestruturação da Polícia Federal e não ocorrer a reestruturação da Polícia Civil, aumenta esse hiato, que é absolutamente inadmissível”.

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