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Do Alto da Torre
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Jovens nem-nem são 20,8% na capital

A maior proporção dos jovens nem-nem está nas classes D e E, as de renda mais baixa. A proporção decresce nas faixas de renda mais alta

Eduardo Brito

04/11/2022 8h00

Atualizada 03/11/2022 20h54

Nada menos do que 20,8% dos jovens da capital nem estudam, nem trabalham, constatou pesquisa do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal liberada nesta quinta-feira, 3.

Esse estudo, Retratos Sociais DF 2021-Juventude, traz uma análise do perfil sociodemográfico e econômico dos 725.916 jovens residentes no DF, representando 24,1% da população. O perfil inclui moradores da capital entre 15 e 29 anos.

A maior proporção dos jovens nem-nem está nas classes D e E, as de renda mais baixa. A proporção decresce nas faixas de renda mais alta. Na classe A, por exemplo, é de apenas 9%. Varia também de acordo com gênero e raça.

Ser negro, assim como ser mulher, especialmente com filhos, aumenta muito a chance de ser nem-nem. A taxa de desemprego da população jovem chega a 21,4%, muito acima da média do Distrito Federal, que é de 11%.

O pico dessa taxa se registra em Brazlândia e Recanto das Emas, enquanto as menores estão no Lago Sul e Sudoeste-Octogonal. O desemprego é menor, porém, nas faixas de mais idade: entre os jovens de 25 a 29 anos, só 13,8% estão desempregados

Maior população negra

A pesquisa constatou também que 59,6% dos jovens brasilienses são negros, percentual superior ao observado na população em geral, que é de 57,3%.

Do total, 5,9% dos jovens brasilienses se identificam como sendo LGBTQIA+, ou seja, como pessoas transgêneros, lésbicas, gays, bissexuais e outros.

Também concluiu que 8.618 mulheres jovens ocupavam posição de responsável no arranjo monoparental feminino, o que equivale a 2,6% das mulheres jovens entre 15 e 29 anos.

Muitos na escola

A pesquisa descobriu ainda que 40% dos jovens entre 15 e 29 anos frequentam escola ou faculdade. Os dados são do final de 2021.

Nas classes D e E está a menor proporção de jovens que frequentam instituição de ensino. Entre os que estudam na rede formal de ensino, 60,4% frequentavam escolas públicas.

Só 12,6% dos jovens das classes D e E frequentam ensino superior, enquanto essa proporção na classe A chega a 54,2%.

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