Durante audiência pública da Comissão de Fiscalização da Câmara Legislativa nesta segunda-feira, 29, pela primeira vez, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) admitiu problemas nos trabalhos do órgão, que é responsável pelo Hospital de Base, de Santa Maria e mais 13 UPAs na capital.
A presidente da Comissão, distrital Paula Belmonte, questionou o plano de trabalho e as metas do Iges. “Só no ano passado o Iges recebeu R$ 1,2 bilhão em recursos públicos, valor que corresponde a 22% do Fundo de Saúde do DF”, citou Paula.
O atual presidente do Iges, Juracy Cavalcante, prometeu buscar maior nível de transparência à população, e disse que vai combater a ineficiência, reduzir custos, trazer novas ferramentas para o Iges e integrar sistemas para que os prontuários e exames de pacientes atendidos em uma unidade de saúde pública fiquem disponíveis em qualquer outra unidade, além de disponibilizar os gastos detalhados por cada medicamento.
A Secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, que também participou da audiência pública, reconheceu publicamente a falta de médicos e atendimentos na rede pública de saúde. Ela afirmou que a falta de profissionais e recursos é um problema crônico e que a pandemia da COVID-19 agravou ainda mais a situação.
Para solucionar o problema, a secretária afirmou que estão sendo estudadas medidas como a contratação emergencial de profissionais, melhoria na estrutura das unidades de saúde e a realização de parcerias com instituições privadas.