Nada menos do que 77,82% das pessoas com síndrome de Down no Distrito Federal frequentam ou já frequentaram alguma escola e, delas, 66,74% estavam matriculadas quando responderam à pesquisa, enquanto 11,08%, mesmo não estudando no momento, já passaram por instituições de ensino.
A descoberta foi feita em pesquisa do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal, o IPEDF, sobre síndrome de Down e sobre epilepsia e síndromes epilépticas idiopáticas na capital.
Um dado relevante é o de que 69,86% estão ou estiveram no ensino regular, enquanto 22,74% frequentam ou frequentaram o ensino especial. A rede pública representa a grande maioria, 77,26%, da demanda escolar.
Outras 17,70% das pessoas com a síndrome ainda não estão em idade escolar e 3,20% nunca estudaram, em geral pela falta de autonomia da pessoa com síndrome de Down, pela falta de profissionais qualificados ou por dificuldade de encontrar vagas em escolas regulares.
Na Saúde
A grande maioria das pessoas com síndrome de Down no Distrito Federal recorre à rede pública. Em relação ao acompanhamento regular especializado de saúde por motivos relacionados à síndrome, as especialidades mais acessadas por esse grupo são: oftalmologia (81,21%), pediatria (70,11%), cardiologia (65,29%), fonoaudiologia (59,02%) e clínica geral (56,9%).
A rede pública representa a maioria dos atendimentos em pediatria (36,84%) e clínica geral (30,13%), enquanto a rede particular é responsável pela maior parcela de atendimentos em oftalmologia (57,36%), cardiologia (35,27%) e fonoaudiologia (43,31%).
A pesquisa, demandada pelos deputados distritais Eduardo Pedrosa e Rodrigo Delmasso, traça o perfil sociodemográfico desses grupos e identifica suas necessidades e os obstáculos que enfrentam, especialmente na busca por serviços públicos.