Candidato ao Buriti pela oposição no ano passado e hoje presidente do IPHAN, o ex-distrital Leandro Grass teve uma longa reunião com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.
Depois do encontro, Siqueira disse que haviam conversado sobre projetos relacionados ao patrimônio material e imaterial das cidades, mas também falaram muito sobre as articulações do PSB na capital. Faz sentido.
O PV de Leandro Grass elegeu apenas seis deputados federais e, para complicar a situação, um deles é do Distrito Federal dividindo o peso dentro da legenda já enfraquecida. Ainda por cima, o PV está preso na federação feita com o PT, amplamente majoritário, com 68 deputados.
Não à toa, o partido não conta sequer com um ministério, sendo Grass o filiado com cargo mais significativo no governo Lula. Já o PSB também encolheu na última eleição, com 15 deputados – chegou a ter 40 – e quatro senadores. Está buscando reforçar-se.
Da bancada no Senado, só uma foi eleita pela legenda. O partido tem o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e ainda o ministro dos Portos e Aeroportos. Pode não ser nenhuma Brastemp, mas está melhor que o PV.
De quebra, não conseguiu quociente eleitoral no Distrito Federal, onde ensaiou lançar candidato próprio, mas acabou apoiando Leandro Grass. O próprio Grass, porém, informa que ficará no PV. Não pensa agora em mudar de partido. Mas faz questão de atender todos os presidentes de legendas alinhadas com o governo Lula.