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Do Alto da Torre
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Coronavírus: Impacto nas microempresas

Para 81% do total das empresas de pequeno porte do DF, a queda do faturamento foi maior que 40% quando comparado ao período normal

Redação Jornal de Brasília

08/04/2020 6h10

Diante da pandemia do coronavírus e das medidas de prevenção implantadas pelo GDF, pesquisa feita pelo Sebrae-DF com pequenos e microempresários do Distrito Federal para avaliar os impactos do covid-19 constatou que os custos mais pesados para tais empresas são com pessoal e aluguel. Para 81% do total das empresas de pequeno porte do DF, a queda do faturamento foi maior que 40% quando comparado ao período normal.

Emprestimo

Além disso, 61.4% do total dos empresários deste segmento admitiu que será preciso fazer um empréstimo por conta da paralisação das atividades. Segundo o Sebrae DF, 42% das empresas pesquisadas tem faturamento menor ou igual a 6 mil/mês (típico de MEI).

Creches fechadas

O TRT-10, que abrange o Distrito Federal e Tocantins, negou mandado de segurança impetrado pelo GDF e manteve decisão que suspendeu o funcionamento de creches em razão da covid-19. Depois das medidas de isolamento social, o Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do DF ajuizou ação na Justiça do Trabalho requerendo a suspensão, também, das atividades nas creches particulares e conveniadas no DF. O governo recorreu por considerar que, com o fechamento das creches, os pais que precisam trabalhar, principalmente do sistema de saúde, teriam que deixar seus bebês com os avós, o que tende a aumentar o risco de contágio no chamado “grupo de risco”.

“Contágio é o mesmo”

Para o desembargador Dorival Borges de Souza Neto, responsável pela decisão na corte regional trabalhista, “é inconcebível a ideia de que as crianças cuidadas em creches estejam isentas de contágio, quer por outras crianças ou profissionais do estabelecimento, quer pelo contato com pessoas em seu convívio, de familiares, inclusive avós”.

Educação à distância

A diretora do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro DF), Rosilene Corrêa, está apreensiva com o sistema de Educação à Distância (EAD) para a educação básica. De acordo com ela, o sindicato vê a possibilidade de um retorno ao ano letivo por meio de EAD com preocupação, uma vez que a medida não se encaixa à realidade dos estudantes da rede pública de ensino do DF, onde a grande maioria não dispõe de computadores ou ferramentas necessárias para o estudo por meio desse sistema. “A aplicação deste parecer prejudicaria, e muito, grande parcela dos estudantes”, afirma.

Complementação

Para Rosilene, além do formato EAD ser impróprio para a educação básica, as teleaulas são válidas como um apoio alternativo, mas não servem como dias letivos. “É preciso esclarecer que EAD tem regulação própria, é um projeto com o qual concordamos plenamente, mas como complementação ou como algo para ensino superior, em que os estudantes já têm autonomia, ou como forma de inclusão, para levar educação onde não tem universidade”, enfatiza.

Apoio da CUT

O presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, enviou ao gabinete do governador Ibaneis Rocha um ofício disponibilizando a sede da central em Brasília para que o GDF possa realizar atendimento à população em ações preventivas à covid-19 ou cadastramento de beneficiários dos programas de mitigação financeira aprovadas pelo Congresso Nacional.

Elogios a Ibaneis

“Diferentemente do governo federal, que deixa a classe trabalhadora e a população sem qualquer tipo de assistência, nós estamos fazendo nossa parte”, ressaltou Rodrigues. O sindicalista ainda lembrou que a CUT reconhece a importância dos esforços que o GDF tem feito para conter a disseminação do vírus no DF e quer discutir com o governador formas de “assegurar que a classe trabalhadora seja minimamente prejudicada nesta crise”.

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