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Do Alto da Torre
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Como mostrar a importância do fundo

Cristovam contou com detalhes como ele era obrigado a percorrer a Esplanada dos Ministérios a cada três meses em busca de recursos para manter a capital funcionando

Eduardo Brito

08/06/2023 8h00

Atualizada 07/06/2023 19h16

Ex-senador Cristovam Buarque – Foto: Agência Brasil

Um dos depoimentos que mais mexeu com os participantes da reunião do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, com a bancada brasiliense, foi dado pelo ex-governador e ex-senador Cristovam Buarque. Ele foi o último a governar o Distrito Federal antes da criação do fundo constitucional, agora ameaçado por emenda imposta ao arcabouço fiscal. Cristovam contou com detalhes como ele era obrigado a percorrer a Esplanada dos Ministérios a cada três meses em busca de recursos para manter a capital funcionando.

Sem passar o pires não haveria como pagar os servidores ou mesmo garantir a segurança dos integrantes do governo federal. Com a agravante de que, à época, Cristovam era do PT, que fazia cerrada oposição ao Planalto, do PSDB. Detalhe é que desde a retomada da autonomia do Distrito Federal, em 1990, Buriti e Planalto estiveram em mãos de partidos opostos por 21 dos 33 anos decorridos. O Fundo Constitucional do Distrito Federal só foi criado quando já ia avançado o segundo governo de Joaquim Roriz, sucessor de Cristovam. 

Rodrigo Pacheco mostra atenção para apelo do DF
Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

Em um balanço da reunião da bancada federal e de todos os ex-governadores, a senadora brasiliense Leila Barros constatou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, foi sensível aos dados apresentados sobre o fundo constitucional durante o encontro. Registrou muito bem o aviso da própria Leila de que é preciso o Senado Federal, como casa representante dos Estados, mostrar aos brasilienses e aos brasileiros que não concorda com as mudanças inseridas na Câmara dos Deputados.

Responsável por marcar o encontro, Leila também assegurou que sem os recursos completos do Fundo Constitucional do DF, o futuro das próximas gerações de brasilienses, a segurança dos três poderes e das representações diplomáticas estarão seriamente comprometidos.

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