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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Como as ONGs controlam a Amazônia

O ex-ministro disse que, atualmente, a Amazônia se divide em três Estados paralelos

Eduardo Brito

11/07/2023 18h25

Foto: Agência Brasil

O ex-deputado federal e ex-ministro nos governos dos petistas Lula e Dilma, Aldo Rebelo, afirmou que as Organizações não Governamentais, ONGs, estão submetendo a Amazônia a interesses estrangeiros. Durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito das ONGs, que investiga falcatruas das organizações com dinheiro público no território amazônico.

O ex-ministro disse que, atualmente, a Amazônia se divide em três Estados paralelos. Há um Primeiro Estado: “o oficial, das prefeituras, Estados e União, com suas agências e órgãos, que é anêmico, débil e deficitário em tudo”. Há um Segundo Estado:

“É o poder do crime organizado e narcotráfico, espalhando seus tentáculos pela Amazônia inteira, dominando os rios como vias de acesso para o tráfico nacional e internacional e ampliando seu poder social e econômico”.

E, enfim, o Terceiro Estado: segundo Aldo Rebelo, “o mais importante e dominador. É o estado paralelo das ONGs, governando a Amazônia de fato, governando com o auxílio do Estado formal brasileiro, do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, do Ibama, da Funai, desse ministério que criaram agora dos povos indígenas, esse consórcio de agências do Estado brasileiro”.

Instrumentos bem remunerados

Em diálogo com o presidente da CPI e do relator, senadores Plínio Valério e Marcio Vittar, Aldo Rebelo (foto) declarou o fundamento das organizações é garantir interesses de outros países na floresta.

“Essas ONGs são apenas um instrumento, os interesses que elas representam estão lá fora. Se alguém perguntar se isso não é teoria da conspiração, a história da Amazônia é de conspiração, a Amazônia é cobiçada antes de ser conhecida”, afirmou.

Na verdade, disse o ex-ministro, há o interesse em impedir qualquer atividade econômica rentável na Amazônia, que se dá, entre outros instrumentos, por decisões governamentais como a demarcação de unidades de conservação e outras áreas em que se proíbe a produção.

Aldo Rebelo comentou o que viu em um município do Xingu, em que 80% do território, em uma margem do rio, era fértil, mas fora transformado em unidade de conservação, enquanto os outros 20%, liberados, constituíam apenas um areal. É o que acontece também com o marco temporal das demarcações.

Para Aldo, é defendido pelas ONGs e outras entidades apenas porque significa a imobilização do território. Ele também contestou o poder das ONGs sobre instituições do Estado Brasileiro, como a facilidade com que conseguem acionar o Ministério Público para a defesa de seus interesses.

Tanto o ex-ministro como senadores presentes cobraram a abertura das contas das ONGs. “Muitas delas”, disse a senadora e ex-ministra Teresa Cristina, “usam a maior parte do dinheiro para pagar remunerações abusivas a seus controladores”.

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