O Centrão da Câmara Legislativa ganhou mais um membro ontem e se tornou o maior bloco do Legislativo local. A adesão do distrital Iolando Almeida (PSC/foto) ao colegiado prejudica o Buriti e demonstra a elevação do tom de descontentamento no fim do primeiro ano da gestão Ibaneis Rocha (MDB). Um outro deputado chegou a ser sondado, mas se manteve no bloco governista, que agora se limita a cinco integrantes.
Desprezo inconsequente
Desde quando deixou a secretaria da Pessoa com Deficiência, o clima entre o governo e Iolando não tem sido dos melhores. O parlamentar já havia ameaçado ir para a independência, mas começou a ser tratado nos corredores do Buriti como “baixo clero”. Antes, o distrital era um voto garantido nos projetos governistas.
Negociação final
Para garantir as últimas votações e tentar alegrar os representantes populares antes do recesso parlamentar, o governo deve liberar novos cargos a partir de hoje aos distritais. Desta vez, até os mais afastados do Buriti e sem influência no Executivo, como o distrital Roosevelt Vilela (PSB), devem receber o direito de nomear.
HRAM sob controle do IGES
Uma reunião recente envolvendo o comando do Buriti decidiu entregar o controle do Hospital Regional da Asa Norte ao IGES, comandado por Francisco Araújo. A ideia é dar uma maior dinamicidade ao local na contratação dos equipamentos e medicamentos, além de facilitar o controle de frequência do staff. A secretaria de Saúde volta a perder espaço.
Preocupação exposta
A saúde tem sido uma preocupação do governador Ibaneis Rocha (MDB), que criou um grupo especial de trabalho focado nas políticas imediatas da área. Integrantes palacianos, que conversaram com a coluna, entendem que a formação do colegiado se deu por Ibaneis achar o modelo atual da gestão “um pouco solto” e procurou levar mais para perto.
Mais representação
No encontro da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), o vice-governador Paco Britto (Avante) pediu ao conselho deliberativo que considere a inclusão de mais um integrante do DF no colegiado. O DF é a única entidade do Centro-Oeste que não conta com representante do setor produtivo com direito a voto. A reunião de março deve apreciar o pedido.
Evitando cortes no Sebrae
O deputado federal Júlio Cesar (Republicanos) apresentou ontem uma emenda modificativa à Medida Provisória 907, editada no último dia 27 pelo Planalto, que evita a retirada de R$ 600 milhões do orçamento do Sebrae nacional. Caso os cortes previstos na MP sejam aprovados pelo Congresso, a norma tende a prejudicar o atendimento às micro e pequenas empresas.
Vídeo publicado
Ao se encontrar com o jornalista Augusto Nunes, a deputada federal Bia Kicis (PSL) gravou um vídeo e fez alusão à agressão física do profissional ao colega de profissão Glenn Greenwald, em fato passado. Na gravação a parlamentar brincou como se agredisse a si mesma e bradou: “POW”.
Brincadeira condenável
Ao divertir-se com tal atitude, a parlamentar legitima o ato que não só ofende o profissional estrangeiro, como também agride a liberdade de imprensa no Brasil. Vindo da vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal, a notícia é ainda mais lamentável.
Ação entre amigos
A Medalha do Mérito Buriti parece que caiu na vala comum. A honraria criada para ser um reconhecimento ao trabalho de pessoas que prestaram “relevantes serviços prestados” chegou a ser dada a quase todos os distritais, que ainda não completaram um ano de mandato; a boa parte dos secretários do próprio Buriti, muitos de primeira viagem; entre outros.
Acordo em análise
Um possível novo acordo entre a diretoria da CEB e os trabalhadores da companhia pode por fim à paralisação iniciada ontem. Hoje de manhã, a categoria deve se reunir em assembléia para debater, em especial, a meta posta para que a Participação de Lucro e Resultado (PLR) seja dada aos funcionários.
Inicialmente, o comando da empresa pública estabeleceu um percentual de 10% abaixo do índice de qualidade medido pela Aneel, mas a contestação por parte do sindicato fez com que a meta estipulada e oferecida pela CEB ficasse no meio termo, 5% abaixo do índice. A outra condição é que a empresa efetivamente apresente lucro em 2020. Há a possibilidade do encerramento da greve.