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Do Alto da Torre
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Buriti liquidou apenas 24,21% do que foi encaminhado pelos distritais

A secretaria de Obras, por exemplo, chegou a receber quase R$ 27 milhões dos deputados, mas o governo só pagou R$ 677 mil

Lucas Valença

12/12/2019 6h05

Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília/Cedoc

Lucas Valença
lucas.valenç[email protected]

Cerne de muita das confusões com o Legislativo local, as emendas parlamentares foram minguadas pelo GDF neste ano. Um documento obtido com exclusividade pela coluna mostra que o Buriti liquidou apenas 24,21% do que foi encaminhado pelos distritais. A secretaria de Obras, por exemplo, chegou a receber quase R$ 27 milhões dos deputados, mas o governo só pagou R$ 677 mil.

Faltando com a saúde

Tido como prioritária pelos brasilienses, a saúde não foi diferente. Mesmo sendo a sexta área que mais recebeu emendas, a pasta cai para a 11ª colocação quando se trata de recursos pagos. Dos R$ 23 milhões disponíveis, apenas R$ 1 milhão foi liquidado, 4,61% do total. A justificativa é de que “não faltam recursos para a saúde”, mas o GDF ainda precisa executar o montante já disponível à área.

Estratégia governamental

À coluna, distritais descontentes afirmam que a não execução das emendas à Saúde foi estratégica para ajudar a fechar o caixa do governo e para conseguir a aprovação do PL que permite a construção de UPAs pelo IGES-DF. Falta de execução dos recursos, argumentam, fortaleceu a justificativa de que a gestão feita pelo instituto tem sido mais efetiva.

Pastas premiadas

As três pastas palacianas que mais executaram os recursos parlamentares foram: Educação (R$ 31,5 milhões), Cultura (R$ 28,7 mi) e Esporte (R$ 11,5 mi). Só que o total de recursos disponibilizados a essas áreas chegou a ser bem superior. Só na educação havia sido encaminhado R$ 98,7 mi.

Votos vinculados

Novos nomes na administração pública local, escolhidos pelos parlamentares da base, devem ser nomeados para garantir o último dia de votação no Legislativo local. A promessa inicial era de que 20 cargos seriam concedidos. O número de indicações caiu para 10 com o passar desta semana.

Moderação palaciana

Distritais e servidores da CLDF avaliam que a aprovação da Lei Orçamentária não deve gerar tanta polêmica hoje. Ao debater com os técnicos na semana passada, o governo só fez ressalvas a quatro emendas, número bem inferior ao questionado no ano passado, 84.

Disputas internas

Enfraquecido com a saída de Iolando Almeida (PSC), o bloco governista ganhou força ontem ao receber a adesão do experiente Agaciel Maia (PL) e da distrital Jaqueline Silva (PTB). O crescimento volta a igualar a divisão de poder na Câmara, já que os governistas e o Centrão passam a registrar sete deputados.

Balanço positivo

Secretária de Turismo, Vanessa Mendonça

A última reunião da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo, da Câmara Federal, reuniu ontem autoridades públicas e privadas relacionados ao setor. Representando o GDF, a secretária de Turismo, Vanessa Mendonça (foto), aproveitou a oportunidade para fazer um pequeno balanço dos projetos executados no último semestre. Dentre os citados, a conquista de quatro voos internacionais foi enfatizada pela secretária.

Agitando a rádio

O distrital Hermeto (MDB) tenta ressurgir das cinzas com um novo programa de rádio que estreia sábado. A voz do parlamentar no “Pinga Fogo”, como foi intitulado, será escutada na capital por duas horas em uma emissora.

Votações polêmicas

Deve ser votado hoje na Câmara Legislativa o PLC 25, que trata da concessão de benefícios fiscais aos que se utilizam do Fundo de Incentivo à Cultura. O problema é que o GDF não homologou diversos convênios do ICMS no tempo certo, mas continua concedendo benefícios fiscais aos beneficiados. Em resumo, o projeto concede uma vantagem retroativa, como descrito no próprio texto, que não poderia conceder.

Enfraquecimento político

Depois que Rôney Nemer perdeu o comando do PP para a deputada federal Celina Leão, o ex-parlamentar passou a perder espaço junto ao GDF. O comando do DF Legal (antiga Agefis) foi o mais recente, mas uma série de exonerações no Recanto das Emas também são contabilizadas como prejudiciais a Nemer.

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