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Do Alto da Torre
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Bate boca para encerrar um ano de guerra política

Pretendia-se rever as normas baixadas pelo Ministério do Meio Ambiente nos tempos do ministro Ricardo Salles, aquele da boiada

Eduardo Brito

30/12/2022 5h09

Atualizada 29/12/2022 21h17

Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Só para encerrar o ano, pintou um bate-boca feio entre as deputadas brasilienses Bia Kicis, bolsonarista, e Érika Kokay, petista.

Pretendia-se rever as normas baixadas pelo Ministério do Meio Ambiente nos tempos do ministro Ricardo Salles, aquele da boiada. Biz Kicis defendeu a permanência dessas normas, alegando que se precisa “incentivar exatamente aquelas pessoas que empreendem neste País, que abrem postos de trabalho”.

Para isso, afirmou. “temos que acabar com a história dessa fúria, essa fúria fiscalizante, essa fúria de cobrar multas dos empresários, porque isso atrapalha verdadeiramente o negócio, atrapalha o desenvolvimento econômico do País”.

Traduzindo, para Bia Kicis, em vez de multar quem viola normas, como a legislação trabalhista ou ambiental, “é uma prática muito mais aconselhável que o fiscal vá, olhe e, caso encontre algum problema, que ele informe e que se dê tempo, oportunidade para que o empresário se adeque”.

Afinal, diz ela, “é praticamente impossível, em um manicômio de normas que nós temos neste País, que o empresário esteja sempre 100% de acordo com a norma”. Érika Kokay enfureceu-se.

Disse que essa tese só podia partir mesmo de “alguém que defende um Governo que disse que o Ministério do Meio Ambiente tinha andado muito bem, porque se eliminou 80% das multas de criminosos ambientais”.

E ironizou: “ então, veja: o fiscal vai, constata que há risco à saúde, que há risco à vida ou que há risco de morte daquele trabalhador, ele não pode multar? Ora, há o direito do empreendedor…”

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