Só para encerrar o ano, pintou um bate-boca feio entre as deputadas brasilienses Bia Kicis, bolsonarista, e Érika Kokay, petista.
Pretendia-se rever as normas baixadas pelo Ministério do Meio Ambiente nos tempos do ministro Ricardo Salles, aquele da boiada. Biz Kicis defendeu a permanência dessas normas, alegando que se precisa “incentivar exatamente aquelas pessoas que empreendem neste País, que abrem postos de trabalho”.
Para isso, afirmou. “temos que acabar com a história dessa fúria, essa fúria fiscalizante, essa fúria de cobrar multas dos empresários, porque isso atrapalha verdadeiramente o negócio, atrapalha o desenvolvimento econômico do País”.
Traduzindo, para Bia Kicis, em vez de multar quem viola normas, como a legislação trabalhista ou ambiental, “é uma prática muito mais aconselhável que o fiscal vá, olhe e, caso encontre algum problema, que ele informe e que se dê tempo, oportunidade para que o empresário se adeque”.
Afinal, diz ela, “é praticamente impossível, em um manicômio de normas que nós temos neste País, que o empresário esteja sempre 100% de acordo com a norma”. Érika Kokay enfureceu-se.
Disse que essa tese só podia partir mesmo de “alguém que defende um Governo que disse que o Ministério do Meio Ambiente tinha andado muito bem, porque se eliminou 80% das multas de criminosos ambientais”.
E ironizou: “ então, veja: o fiscal vai, constata que há risco à saúde, que há risco à vida ou que há risco de morte daquele trabalhador, ele não pode multar? Ora, há o direito do empreendedor…”