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O tamanho da crise

Arquivo Geral

07/12/2016 12h00

Atualizada 06/12/2016 21h45

O pior da crise institucional é a falta de interlocutores pelo Legislativo, como observou ontem à tarde a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES). Ao se jogar o País numa vingança jurídica, as grandes indagações se transformam em grandes questões. ”É o pior do mundo”, resume Rose. O seu colega gaúcho, senador Lasier Martins (PDT), é enfático ao responsabilizar Renan Calheiros pelo agravamento da situação. “É uma afronta a outro Poder”, afirma. Para uma figura felpuda da política, um passarinho sabe o tamanho da pedra que come. O julgamento de hoje no STF vai mostrar a circunferência dessa pedra.

Sinal amarelo

O calor provocado pela situação de emergência também tirou da rotina a ministra Cármen Lúcia. Entra e sai no gabinete da presidente do STF movimentou ministros e assessores desde cedo e terminou tarde.

Dois a zero

O escritório de advocacia que patrocinou a ação da Rede Sustentabilidade contra Renan Calheiros é o mesmo que sustentou a inconstitucionalidade da proibição do aberto de anencéfalos. O ministro do STF Luís Roberto Barroso já trabalhou na banca.

Deferência

O general quatro estrelas Sérgio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, ajudou a convencer o presidente Michel Temer a retirar os militares das Forças Armadas da reforma previdenciária.

Cenário de catástrofe

Minas Gerais entrou no clube dos estados com as piores condições financeiras ao lado do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A declaração de calamidade financeira, na opinião do deputado Rodrigo Costa (PSDB-MG), antecipa a “tempestade perfeita” para a crise com contornos imprevisíveis. Para piorar, diz ele, o “governador (Fernando Pimentel) só toca a coisa”.

Efeito bumerangue

O ministro Marco Aurélio Mello foi elogiado entre empresários e internamente no STF. Ele esperou o mercado fechar na segunda à noite para soltar a liminar que tirou Renan Calheiros da presidência do Senado. O efeito na cotação do dólar frente ao real seria devastador.

Alô, alô fiscalização

A Anac se faz de surda diante de mais de 102 acidentes com helicópteros da marca Robinson modelos R22 e R44, que provocaram 51 mortes em dez anos. As últimas vítimas fatais foram uma noiva e mais três ocupantes que seguiam para um casamento em São Paulo.

De escanteio

Cresce movimento a partir de São Paulo para apear Marina Silva do comando da Rede. Articulações correm em torno do deputado Miro Teixeira, que é do Rio.

O retorno

Começa em meados do próximo ano a construção da nova Estação Antártica Comandante Ferraz. Os primeiros equipamentos serão desembarcados de um navio chinês. A base vai custar US$ 99,6 milhões, cerca de R$ 396 milhões.

Memória

Em fevereiro de 2012, a base brasileira na Antártica foi destruída por um incêndio. Dois militares perderam a vida.

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