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Cinema com ela
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“Ghostbusters: Apocalipse de Gelo” é um fan service que sempre fica na sombra do original

Com um elenco divertido, mas um roteiro fraco, a sequência estreia nesta quinta-feira (11)

Tamires Rodrigues

11/04/2024 5h00

Foto: Divulgação/Sony Pictures

Convenhamos que Hollywood já deixou claro que não é mais necessário um elemento surpresa para uma franquia. “Ghostbusters” é um ótimo exemplo de que, mesmo sem uma grande novidade, é possível agradar o público. Em 2016, com o lançamento exclusivamente feminino encabeçado por Melissa McCarthy e o sopro positivo do reboot de 2021, que funcionou mais do que o esperado e gerou a nova sequência “Ghostbusters: Apocalipse de Gelo” que chega às salas nesta quinta-feira (11), mas acaba como um fan service barulhento, porém engraçado na medida certa.

A família Spengler retorna para onde tudo começou: a famosa estação de bombeiros em Nova York. Eles pretendem se unir com os caça-fantasmas originais que desenvolveram um laboratório ultra secreto de pesquisa para levar a caça aos fantasmas a outro nível. Mas quando a descoberta de um artefato antigo libera uma grande força do mal, os Ghostbusters das duas gerações precisam juntar as forças para proteger suas casas e salvar o mundo de uma segunda Era do Gelo.

Foto: Divulgação/Sony Pictures

Mas o que mudou em 40 anos? No primeiro longa de 1984, o quarteto original conseguiu unir a comédia com o terror da melhor forma possível, com uma acidez leve, carismática e divertida. O reboot de 2021 foi feito em um bom momento, onde muitas continuações estavam sendo produzidas, além do fato de uma história mais amarrada centralizada na família Spengler.

O problema do novo filme é justamente não trazer nada de novo. Obviamente, o retorno do elenco original agrada e muito, assim como a volta da querida Annie Potts, que finalmente entra na ação. Aqui, simplesmente foi incluído tudo que funcionou em filmes do gênero, além do já esperado fan service. Não é um problema colocar elementos que dão certo, contudo vale mesmo a pena lançar algo sem uma gota de criatividade.

Foto: Divulgação/Sony Pictures

O filme não é de todo mal, claro que não, mas outro ponto negativo chama atenção por conter vários atores em cena com núcleos diferentes, fica difícil dar o mesmo tempo de tela para todos. Paul Rudd, Finn Wolfhard e Carrie Coon acabam sendo deixados mais de lado, com frases que marcam mais pela nostalgia do que para a nova história.

O destaque fica para Phoebe (Mckenna Grace), agora adolescente, que passa por momentos confusos, de conflitos da idade com questões de confiança, segurança e até possivelmente um primeiro amor.

Foto: Divulgação/Sony Pictures

Jason Reitman reiniciou a franquia de seu pai e agora retorna como co-roteirista ao lado do diretor Gil Kenan, e juntos fazem, na verdade, um pot-pourri de referências com piadas, algumas engraçadas, mas a ciência do seu anterior está mais pastelona, com um CGI sem graça e nenhuma surpresa.

Conclusão

Ghostbusters: Apocalipse de Gelo é um longa para a família. Os fãs do longa original podem até ficar contentes, mas não passa disso. A trama não é audaciosa, muito menos inovadora, só funciona porque sabe usar os elementos certos.

Confira o trailer: 

Ficha Técnica
Direção: Gil Kenan; 
Roteiro: Jason Reitman, Gil Kenan;
Elenco: Mckenna Grace, Finn Wolfhard, Logan Kim, Celeste O’Connor, Paul Rudd, Carrie Coon, Kumail Nanjiani, Patton Oswalt, James Acaster, Emily Alyn Lind, Bill Murray, Dan Aykroyd, Ernie Hudson, Annie Potts, William Atherton;
Gênero: Comédia, Aventura, Fantasia;
Duração: 115 minutos;
Distribuição: Sony Pictures; 
Classificação indicativa: 12 anos;
Assistiu à cabine de imprensa a convite da Espaço Z

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