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Cinema com ela
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‘‘Drácula: A Última Viagem do Deméter’’ perde o seu potencial com roteiro fraco

Nova adaptação baseada no sétimo capítulo do livro homônimo de Bram Stoker, chega às telas de cinema nesta quinta-feira (24)

Tamires Rodrigues

24/08/2023 10h00

Foto: Divulgação/Universal Pictures

Depois de poucos meses do lançamento de “Renfield: Dando o Sangue Pelo Chefe“, A Universal em parceria com a Universal Monsters ou Dark Universe (Universo Cinematográfico dos Monstros da Universal) decide mais uma vez trazer uma nova adaptação dos monstros icônicos do cinema. Lembrando que alguns anos atrás essa tentativa foi frustrada com o fracasso do reboot “A Múmia” (2017), estrelado por Tom Cruise não deu nada certo.

Contudo como estamos na era da revisitação ao passado, chega às telas de cinema de todo o país nesta quinta-feira (24). ‘‘Drácula: A Última Viagem do Deméter’’ que é um novo recorte da história do Conde Drácula que é inspirada no sétimo capítulo do livro homônimo de Bram Stoker.

Foto: Divulgação/Universal Pictures

O navio Deméter foi fretado para transportar cargas particulares, durante a viagem estranhos eventos acontecem à tripulação, que tenta sobreviver à viagem oceânica, perseguidos todas as noites por uma presença impiedosa a bordo do navio. Quando o Deméter finalmente chega à costa, é apenas um navio carbonizado e abandonado. Não há vestígios da tripulação.

O principal problema do longa é o seu roteiro, que tinha tudo para dar certo, porém falha grandiosamente, por ser inspirado em uma história mundialmente conhecida, com um personagem que caiu no gosto popular, era de se esperar que a trama já estava bem encaminhada. Longe disso o filme não desenvolve nenhum personagem, tira da tela esse homem monstro que deu muito certo em várias produções e ainda não consegue decidir qual gênero seguir. Seria um suspense ou terror slasher? 

Foto: Divulgação/Universal Pictures

Outra falha significativa é o fato de não ter um ator que interprete o vampiro, a melhor adaptação do icônico personagem foi no filme “Drácula” (1931), usou com maestria o ator Béla Lugosi que se tornou referência para outras versões. Já nesta adaptação o diretor André Øvredal preferiu optar pelo uso de CGI (imagens geradas por computador) e criou uma criatura que mais parece um vilão de filmes B. Ele está mal projetado, parece uma gárgula mal feita que não é assustadora em nenhum momento, existem momentos de tensão mas é mais por conta da curiosidade do que do medo em si. 

Por focar muito no suspense, o longa tem várias cenas claustrofóbicas em ambientes fechados e escuros até por que o Drácula só aparece a noite. Øvredal se importa tanto em assustar ao invés de contar a história que a trama fica chata e ainda insiste em colocar larvas, com vísceras saindo do corpo que farão os espectadores revirarem os olhos.

Foto: Divulgação/Universal Pictures
Conclusão

Não foi dessa vez que a Universal conseguiu emplacar um novo reboot dos monstros com sucesso. ‘‘Drácula: A Última Viagem do Deméter’, está condenada assim como o enredo e os efeitos gráficos do longa.  

Confira o trailer:

??Ficha técnica:

Direção: André Øvredal;

Roteiro: Bragi Schut Jr., Zak Olkewicz;

Elenco: Corey Hawkins, Aisling Franciosi, Liam Cunningham, David Dastmalchian; 

Gênero: Terror, Suspense;

Distribuição: Universal Pictures;

Duração: 115 minutos;

Classificação Indicativa: 16 anos;

Assistiu à cabine de imprensa a convite da Espaço/Z

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