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Cinema com ela
Cinema com ela

Conheça cinco produções que marcaram o cinema brasiliense

Para celebrar o aniversário da capital, comemorado nesta sexta (21), confira 5 filmes que buscam representar a identidade brasiliense

Tamires Rodrigues

21/04/2023 5h00

Atualizada 20/04/2023 15h22

Cena do filme “Inferno no Gama”, 1993, dirigido por Afonso Brazza. Foto: Divulgação

A definição do cinema nacional sempre foi algo a ser discutido. Como construir uma identidade sobre obras brasileiras da sétima arte? Hoje, 21 de abril, data em que é comemorado o aniversário de Brasília, é um bom dia para se rediscutir esta questão. Qual a verdadeira imagem do cinema brasiliense? 

Questões político-culturais perpetuam o cinema do ‘Quadradinho’, e a genética da cidade está presente em vários longas-metragens. Nomes como Nelson Pereira dos Santos, Glauber Rocha, Afonso Brazza, Adirley Queiroz, Sérgio Rezende e René Sampaio são alguns dos cineastas que representam a capital em suas produções.

Confira uma lista de produções que marcaram o cinema brasiliense:

Inferno no Gama, 1993. Direção: Afonso Brazza

Um dos longas mais conhecidos da carreira de Afonso Brazza, “Inferno no Gama” (1993) se tornou obrigatório para os que desejam conhecer o cinema brasiliense. O cineasta, conhecido pelo estilo de filmografia trash, revolucionou o cinema no período que o governo Collor desmantelou o audiovisual brasileiro.

Sinopse: Após ser acusado injustamente pelo assassinato de uma jovem, o trabalhador Régis tem sua vida virada do avesso ao se envolver com um perigoso criminosos que extermina toda sua família. Régis se junta com a filha desse assassino para se vingar do crápula. 

O sonho não acabou, 1982. Direção: Sérgio Rezende

Sérgio Rezende estreou na direção de longas de ficção com “O sonho não acabou” (1982), um filme relativamente simples, produzido por uma equipe jovem, que retrata a ambiguidade da juventude brasileira nos anos finais do golpe militar. Mesmo fugindo do tema político e focando nos conflitos dos personagens, o longa ainda assim teve problemas com a censura à época. 

Sinopse: Uma nova geração de jovens em Brasília procura escapar do conformismo após toda a opressão dos anos 1960. Se encontrando nos sonhos, aspirações e desilusões da juventude. Alguns se envolvem com drogas e com o tráfico e, certa noite, todos se encontram no mesmo lugar, mas cada um terá um destino diferente.

A terceira margem do rio, 1993. Direção: Nelson Pereira dos Santos

Lançado na Era Collor, um dos períodos mais difíceis do cinema nacional, “A terceira margem do rio”, inspirado na obra de Guimarães Rosa, foi um precursor do cinema brasiliense. Nele, o diretor Nelson Pereira dos Santos mostrou toda a sua ousadia em uma adaptação gravada no Pólo de Cinema, em Sobradinho.

Sinopse: Um homem de meia-idade abandona sua casa e sua família para viver em uma canoa no meio de um rio na região central do Brasil. O único contato humano que tem é com seu filho Liojorge, que leva comida para ele diariamente, deixando-a na margem do rio. Até que nasce Nhinhinha, a filha de Liojorge, que possui poderes mágicos. O rapaz resolve levá-la até a beira do rio para conhecer o avô dela.

Rap, o canto da Ceilândia, 2005. Direção: Adirley Queiroz

Adirley Queiroz se tornou um dos cineastas mais relevantes do cinema brasiliense na atualidade. Suas produções buscam dar visibilidade à periferia, nem que seja na marra. “Rap, o canto da Ceilândia” é um mini-documentário realista sobre o hip-hop de Ceilândia, a maior região administrativa do DF.

Sinopse: Diálogo com quatro consagrados artistas do Rap nacional (X, Jamaika, Marquim e Japão), todos moradores da Ceilândia. O documentário mostra a trajetória desses integrantes no universo da música e faz um paralelo com a construção da cidade onde moram. São artistas que vêem no Rap a única forma de revelar seus sentimentos e de se auto-afirmar enquanto moradores da periferia.

Eduardo e Mônica, 2020. Direção: René Sampaio

Inspirado na música escrita por Renato Russo, líder da banda Legião Urbana, em 1986, esse romance entre duas pessoas completamente diferentes aguardou gerações para ser adaptado aos cinemas. O diretor René Sampaio, já conhecido por outras obras realizadas na capital, busca dar vida para o casal mais conhecido no rock brasiliense com sua personalidade cativante.

Sinopse: Em um dia atípico, situado em Brasília na década de 1980, uma série de coincidências leva Eduardo a conhecer Mônica, tendo como pano de fundo uma festa estranha com gente esquisita. Uma curiosidade é despertada nos dois e, apesar de não serem parecidos, eles se apaixonam perdidamente.

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