Grande vencedor da Mostra Aurora do Festival de Tiradentes do ano passado, “As Linhas da Minha Mão” (2023), de João Dumans, chega aos cinemas nesta quinta-feira (11), e faz um recorte tocante sobre a artista Viviane de Cássia Ferreira e sua vida entre a arte e a loucura.
Por meio de uma série de encontros imprevisíveis, uma atriz fala sobre a sua experiência com a arte e a loucura. Dividido em sete atos, o filme é, ao mesmo tempo, o retrato de uma mulher e um estudo sobre as possibilidades desse retrato.
A atriz se coloca diante da câmera sobre questões delicadas como o próprio adoecimento. Viviane convive desde os 30 anos com o diagnóstico de transtorno bipolar. No longa, ela fala de forma aberta também sobre solidão e sexualidade, temas tabus para mulheres mais velhas na sociedade brasileira, mas de uma maneira leve e divertida, provocando o público a se identificar com sua personagem e a perceber essas questões a partir de um ângulo incomum.
O filme tem um caminho sólido, o diretor se encarrega de mostrar que muitas vezes a atuação pode se confundir com a realidade, por meio de improvisos.
Viviane vive no parapeito, uma borda que pode ser ultrapassada a todo instante. Ela se reinventa constantemente conforme as coisas vão acontecendo.
Conclusão
Um recorte lindo sobre a junção da arte com questões psiquiátricas. Viviane é uma força perante a tela.
Confira o trailer:
Ficha Técnica
Direção: João Dumans;
Roteiro: João Dumans e Viviane de Cassia Ferreira;
Elenco: Douglas Klinger, Leandro Acácio e Viviane de Cassia Ferreira;
Duração: 80 minutos;
Distribuição: Embaúba Filmes;
Classificação indicativa: 12 anos;
Assistiu à cabine de imprensa a convite da Sinny Assessoria
