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Cinema com ela
Cinema com ela

Abigail é divertido, porém não é inovador para o gênero

O enredo da trama deixa a desejar, mas o básico funciona; longa chega aos cinemas nesta quinta-feira (18)

Tamires Rodrigues

18/04/2024 10h30

Foto: Divulgação/Universal Pictures

Logo nos primeiros dias da divulgação, a Universal Pictures vendeu o longa “Abigail” como um remake de “A Filha do Drácula” (1936). Mas na verdade o novo filme da dupla responsável por “Casamento Sangrento” (2019) e retorno da franquia “Pânico”,  Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, se perde no meio de um mashup do gênero do terror, um tanto quanto monótono. 

Um peculiar grupo de criminosos aceita mais um típico trabalho. Dessa vez, a proposta é sequestrar uma bailarina de doze anos, que também é filha de um dos mais poderosos homens do submundo. Enquanto o contratante do grupo pede um resgate de 50 milhões de dólares para o pai da garota, o grupo só precisa observar a criança por uma noite em uma mansão isolada. No entanto, quando os raptores começam a desaparecer, um por um, logo descobrem da pior forma que estão trancados dentro de casa com uma garotinha nada normal.

Foto: Divulgação/Universal Pictures

Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett não conseguem fazer uma boa ambientação no enredo da trama, no início o clássico sequestro em troca de dinheiro, ok! Até aí tudo bem, mas a partir do momento que chegam à mansão e se inicia o massacre perde toda a sutileza. “A Filha do Drácula” (1936), foi feita com o intuito de surfar no sucesso do longa original, mas acabou se tornando algo cult, Gloria Holden como a protagonista conquistou o status homoerótica para a época, em resumo seu filme deixou marcas favoráveis. 

Já em Abigail a brutalidade é excessiva, onde está a leveza dramática, antes das mortes, como em personagens ao estilo do Drácula.

O longa se inicia com Abigail (Alisha Weir), de 12 anos, no palco do balé ensaiando “Lago dos Cisnes”, uma homenagem definitiva aos vampiros, já que a linda trilha sonora de Tchaikovsky também faz parte de “Drácula” (1931) com Bela Lugosi.

Foto: Divulgação/Universal Pictures

Dan Stevens como Frank, o líder da gangue , é o mais tedioso. Ele é um nerd rancoroso, e nunca para de gritar. Sammy (Kathryn Newton), uma punk riquinha, Peter (Kevin Durand), como hulk taciturno meio burro. Angus Cloud, em sua performance final, e Melissa Barrera, protagonista dos últimos dois últimos filmes de “Pânico”, como Joey que fica mais contundente à medida que o filme avança. 

Abigail também pode ser vista como uma boa brincadeira, ele é divertido, lembra em vários momentos “Esqueceram de Mim” (1990). Os “vilões”, apresentados, são meio que arquetípicos de longas criminais. Quem não se assustar pelas cenas com muito sangue poderá rir das trapalhadas. 

Conclusão 

A dupla de cineasta não parece levar o projeto a sério, sim é visível que o filme é dirigido por eles. Contudo eles não se deram ao trabalho para ficar um bom terror ou ao menos uma boa sátira.

Confira o trailer:

Ficha Técnica                        
Direção: Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett;  Roteiro: Stephen Sheilds, Guy Busick;
Elenco: Melissa Barrera, Dan Stevens, Kathryn Newton, William Catlett, Kevin Durand, Angus Cloud, Alisha Weir, Giancarlo Esposito;
Gênero: Suspense, Terror;
Duração: 113 minutos;
Distribuição: Universal Pictures;
Classificação indicativa: 18 anos;
Assistiu à cabine de imprensa a convite da Espaço Z

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