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Analice Nicolau
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Tabagismo e outros vícios: por que temos e como tratá-los?

Entenda os Fatores por Trás dos Vícios e Suas Soluções

Analice Nicolau

23/08/2023 15h00

Atualizada 24/08/2023 10h55

Com o Dia Nacional de Combate ao Fumo chegando no final de agosto, um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) tem chamado a atenção. Isso porque, segundo o documento, o tabagismo tem diminuído no mundo.

Do total da população mundial, ao menos 22,8% faziam uso de tabaco no ano de 2007, enquanto em 2021 esse número caiu para 17%.

Ainda de acordo com os dados, essa queda é fruto das diversas medidas antitabaco que foram utilizadas na última década. No entanto, você sabe por que temos vícios como esse?

O que realmente é ter um vício?
Boa parte de nós possui algumas “paixões”. É normal gostar um pouco demais de chocolate, ou de refrigerantes, ou treinar na academia, ou jogar vídeo games… isto é, normal, até certo ponto.

Segundo o Dicionário Houaiss, existem diversas definições para a palavra “vício”. Porém, para nós, é relevante o significado “hábito ou costume persistente de fazer algo; mania”.

Neste aspecto, podemos dizer que um gosto em especial pode tornar-se perigoso quando, além de recorrente no cotidiano, é realizado ou consumido de maneira compulsiva. Assim, a atividade ou consumo de uma substância deixa de ser feita por prazer, acontecendo quase que involuntariamente.

Em caso de substâncias ilícitas, nicotina e alguns medicamentos, pode haver ainda a dependência química. Ou seja, o corpo manifesta diversos sinais após um período, o que pode ser bastante prejudicial para o indivíduo.

Nessas situações, os vícios passam a interferir em diversos âmbitos da vida: mente, emoções, corpo, vida familiar, afetiva e até profissional.

Causas e fatores de risco
Depois de tudo isso, talvez você esteja se perguntando: como uma pessoa chega a esse ponto? Para entender esse fenômeno, a explicação pode estar baseada em fatores biológicos, ambientais e psicológicos.

Quando o fator de um vício é biológico, estamos falando da influência genética. Isso porque, a depender dos genes, algumas pessoas podem ser mais suscetíveis a desenvolver manias e adquirir vícios e ependências químicas.

Já quanto aos fatores ambientais, o Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas (National Institute on Drug Abuse, NIH), dos Estados Unidos, aponta que alguns são:
? Lidar com comportamento agressivo na infância;
? Falta de supervisão parental;
? Suscetibilidade a ceder a pressão dos amigos;
? Experimentar drogas;
? Fácil acesso às drogas na escola;
? Comunidade com poucos recursos.

No caso do tabagismo, é possível ver nesta reportagem que “o que desperta o vício é a questão social: o convívio, a permissividade, estar em uma faixa etária onde esse ato é bem visto e há possibilidade de fácil consumo”, afirmou Jaqueline Scholz, cardiologista e diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração (InCor-Hospital das Clínicas da USP).

Mesmo assim, o principal fator de risco ainda é a vida em casa e a família. “O ambiente familiar, especialmente durante a infância, é um fator muito importante. Os pais ou membros mais velhos da família que consomem drogas, abusam do álcool ou infringem a lei podem aumentar o risco de as crianças terem problemas futuros com drogas”, descrevem os especialistas do NIH, com base neste estudo.

Por fim, os fatores psicológicos dizem respeito principalmente aos momentos difíceis da vida. Para algumas pessoas, fumar, beber ou usar outras drogas é como uma válvula de escape.

Entretanto, a persistência desse hábito, quando associado ao estresse, ansiedade e depressão, pode acabar deixando o indivíduo dependente – seja de forma química ou não.

Como tratar tabagismo e outros vícios
O critério para considerar alguém como dependente, ou não, de uma substância, é verificar o controle sobre aquele uso. Nesse sentido, admitir ter um problema pode ser algo difícil para algumas pessoas, porém, não há resolução se o problema não for reconhecido.

Para ajudar a enfrentar a negação, conversar com amigos, familiares e profissionais da saúde pode ajudar. Seja a dependência química ou comportamental, profissionais como psicólogos, psiquiatras e terapeutas especializados podem ajudar na oferta de tratamentos personalizados.

Nessa etapa do tratamento, o profissional ajudará a entender as causas do seu vício e estipulará estratégias para superá-lo. Algumas possíveis abordagens são:

? Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Sendo uma das abordagens mais comuns para tratar vícios, ela se concentra em identificar e mudar padrões de pensamentos e comportamentos disfuncionais.
? Programas de reabilitação e grupos de apoio: Participar de grupos de apoio, como Alcoólicos Anônimos (AA) ou Narcóticos Anônimos (NA), pode ser uma ótima experiência para compartilhar vivências e ter apoio de pessoas que estão passando por situações semelhantes.
? Medicação: Em alguns casos, o uso de medicação pode ser parte integrante do tratamento, especialmente em vícios químicos. Medicamentos podem ajudar a reduzir os sintomas de abstinência e controlar os desejos, permitindo que o indivíduo se concentre mais efetivamente na recuperação.

No entanto, é importante lembrar que, para iniciar um tratamento antifumo, é necessário passar por consulta médica, uma vez que não é recomendado o uso indiscriminado das medicações que se propõe a combater o fumo.

Para complementar o tratamento, o paciente também pode fazer o uso de ativos naturais que apresentaram potencial para auxiliar na cessação do tabagismo. Um exemplo é a Erva-de-São-João, que pode ser útil para reduzir os sintomas de abstinência de nicotina e no controle da ansiedade.

Além disso, o paciente também pode optar por manipular seus medicamentos e consumí- los em forma de bala de goma, por exemplo. Nessa forma, a mastigação pode liberar certos neurotransmissores no cérebro, como a dopamina, que é capaz de proporcionar um alívio temporário no desejo de fumar.

A Manipulaê é uma farmácia de manipulação que foi incorporada pelo grupo Raia Drogasil. Além da qualidade das matérias-primas e a segurança de um laboratório credenciado, também conta com a praticidade da própria plataforma digital para facilitar o processo de orçamento e compra de manipulados.

Importância do suporte contínuo
A jornada para superar um vício é desafiadora e requer paciência e persistência. O suporte contínuo é essencial para evitar recaídas e promover uma recuperação sustentável. Amigos, familiares e profissionais de saúde são fundamentais nesse processo, por oferecerem compreensão, incentivo e ajuda prática.

O caminho pode ser difícil, mas com o apoio adequado e o compromisso pessoal, é possível encontrar uma vida livre de vícios e retomar o controle sobre a própria saúde e bem-estar.

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