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Analice Nicolau
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Susana Schnarndorf avalia sua trajetória nas Paralimpíadas em Tóquio

Nadadora gaúcha não subiu ao pódio desta vez, mas depois de disputar mais uma final, ela já mira os Jogos de Paris 2024

Analice Nicolau

06/09/2021 14h00

Nadadora gaúcha não subiu ao pódio desta vez, mas depois de disputar mais uma final, ela já mira os Jogos de Paris 2024

O pódio não veio desta vez nos Jogos de Tóquio, para premiar ainda mais a vitoriosa carreira da nadadora Susana Schnarndorf, mas a gaúcha de 53 anos fechou a terceira participação em Paralimpíadas com saldo positivo. Disputou mais uma final, a dos 150m medley S4, quando fechou a prova na oitava colocação, e participou de duas eliminatórias, nos 50m livre S4 e nos 50m costas S4, encorpando o seu currículo paralímpico.

Atleta da seleção desde Londres 2012, Susana, diagnosticada em 2007 com a Síndrome de Shy-Drager, doença degenerativa conhecida como Atrofia de Múltiplos Sistemas (AMS), tem na carreira um quarto lugar nos 100m peito e um quinto lugar nos 200m medley em sua primeira Paralimpíada. E uma medalha de prata nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, no revezamento 4 x 50m livre misto 20 pontos.

“Estar aqui é uma experiência incrível, apesar de não ter feito os tempos que eu tinha planejado, mas é sempre um aprendizado, de cair e levantar. Vamos lá, vamos ver o que a gente errou e partir para a próxima”, disse Susana, após a sua participação na última prova dos Jogos de Tóquio, os 50m costas S4.

E quando Susana fala “partir pra próxima”, ela mira não apenas a disputa de competições nacionais e Mundiais, onde acumula nove medalhas (seis de ouro, duas de prata e uma de bronze).

A nadadora já vê no horizonte a possibilidade de participar das Paralimpíadas de Paris, em 2024, uma vez que este ciclo será mais curto, de apenas três anos, ao invés dos tradicionais quatro anos que separam cada edição dos Jogos.

“Em 2012, quando eu estava treinando no México, falaram para eu me inscrever como voluntária para a Rio 2016, porque eu não teria mais condições de competir, mas eu fui lá e vim para o Japão. Quando ponho minha touca e meus óculos, eu compito de igual para a igual com as meninas, em sua maioria na faixa dos 20 anos. Não penso em parar após as Paralimpíadas de Tóquio, Paris vai ser a minha última”, afirmou ela, antes do embarque para a capital japonesa.

Para continuar competindo, Susana destacou o incentivo que recebe da família, dos amigos e
dos torcedores. “Queria agradecer muito pela torcida, pelas mensagens que eu recebi durante os Jogos de Tóquio. Foi muito importante para mim e, de coração, deixo o meu muito obrigado a todos”.

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