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Analice Nicolau
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Sensor de Movimento de Pedras e Encostas pode ajudar a evitar deslizamentos e tragédias

Com o sensor é possível prevenir deslizamentos, realizar a evacuação da população e evitar tragédias

Analice Nicolau

24/02/2023 8h00

Com o sensor é possível prevenir deslizamentos, realizar a evacuação da população e evitar tragédias

O Sensor de Movimento de Pedras e Encostas, idealizado por Pedro Curcio, especialista em Smart Cities, foi utilizado na cidade de Petrópolis (RJ) em 2022, e auxiliou durante a onda de deslizamentos, ao emitir alertas para a Defesa Civil isolar a área e evacuar os moradores.


Situações como a que aconteceu em Petrópolis, em que tragédias foram evitadas só foram possíveis porque o governo da cidade decidiu investir em tecnologia. Falando assim, parece que é preciso uma megaestrutura, mas, com tanta tecnologia disponível, não precisa mais que um equipamento que funcione com precisão.


Esta é a proposta do Sensor de Movimento de Pedras e Encostas, citado no caso de Petrópolis; o equipamento é pequeno, pode ser facilmente transportado e instalado, tem bateria recarregável com energia solar e foi construído para detectar movimentos a partir de 5 graus de inclinação em três eixos diferentes.


O equipamento é inteligente e é capaz de identificar os sinais emitidos pela própria terra, evitando alarmes falsos. Os sinais são detectados através da movimentação do solo, e imediatamente o aparelho notifica a Defesa Civil ou a equipe local responsável pelo sistema de monitoramento, que teoricamente pode tomar as medidas cabíveis no menor tempo possível.


A intenção é que o sensor capte os primeiros sinais de movimentação de terra e envie os sinais aos monitores para que atuem preventivamente e retirem as pessoas das áreas com maior risco de deslizamento. As áreas em que os sensores serão instalados normalmente são mapeadas pelas equipes de Defesa Civil, e são aquelas que oferecem maior risco de desmoronamento devido a fatores como intenso volume de chuva nos dias anteriores.


Outra tragédia que os sensores podem evitar são aquelas causadas pelos alagamentos e enchentes em que o volume de água rapidamente ultrapassa a normalidade. Regiões em que há o transbordo de rios podem ser monitoradas, e ao primeiro sinal de que as águas começam a subir, as áreas são interditadas, evitando mortes por afogamento e perdas materiais.


“É importante pensar que temos tecnologia de prevenção e a importância disso na vida de quem mora em áreas de risco. Os governantes têm que saber que existe tecnologia para prevenir os deslizamentos de terra, deslizamentos de rochas, alagamentos, e que tudo isso está disponível a eles; e que isso tudo é fundamental para a segurança da população”, explica Pedro Curcio, idealizador dos sensores.


De acordo com Pedro, infelizmente, é impossível evitar os efeitos do aquecimento global e suas consequências nas cidades, mas, é possível minimizar as perdas. “O que está acontecendo com a natureza, o aquecimento global, elevação das temperaturas dos oceanos, as chuvas cada vez mais fortes, frequentes, trombas d’água cada vez mais fortes e rápidas, isso é inevitável. Então, qual o caminho para salvar vidas? É a prevenção com cidades conectadas e cidades inteligentes. Hoje temos bastante tecnologia para esta finalidade. É realmente um case de importância para o poder público. Os governantes precisam estar a um passo adiante das tragédias e se atentar à prevenção, porque ela está aí e está disponível para ser incorporada rapidamente”, finaliza Pedro.

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