Marcos Oliveira, ator que interpretou o pasteleiro Beiçola de “A grande família”, foi submetido a uma cirurgia para tratar uma fístula que tem na uretra. Tudo correu bem. O ator chegou até mesmo a pedir em suas redes sociais para seus amigos e fãs torcerem por ele e a torcida deu resultado.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Marcos Oliveira, 69 anos, está estável e segue se recuperando no Souza Aguiar. A fístula urinária é mais comum em mulheres e pode ocorrer após cirurgia, radioterapia ou doenças crônicas.
“A correção desse problema é cirúrgica e há poucos cirurgiões que são habilitados para realizar este procedimento no Brasil. Mas, a operação é efetiva”, frisa o Dr. Danilo Galante. O médico destaca ainda que os sistemas urinário, digestivo e ginecológico são independentes, sem comunicação um com o outro. “A fístula é exatamente o trajeto entre eles. Normalmente isso ocorre por situação cirúrgica, por falha na técnica ou cicatrização indevida, por radioterapia ou doenças autoimunes como a Síndrome de Crohn, inflamação grave no intestino que promove perfurações nas alças intestinais e que podem acometer a pele, a bexiga ou outros sistemas”, alerta.
No caso do ator que deu vida ao personagem Beiçola por 13 anos, entre 2001 e 2014, na Rede Globo, essa fístula uretral normalmente se direciona ao reto e pode ocorrer em um procedimento cirúrgico como a prostatectomia radical (extração da próstata) por câncer. Galante afirma, porém, que a fístula mais comum não é a que acometeu o artista, e sim, as fístulas urinárias das mulheres, após cirurgias obstétricas (partos) ou ginecológicas.
“Quando o ureter, que liga o rim à bexiga, gruda no útero, ou mesmo a própria bexiga gruda na parede uterina e forma um trajeto, pode provocar, ao paciente, infecção e/ou incontinência urinárias”, completa o especialista.
Em maio passado, Marcos Oliveira precisou aceitar uma ajuda financeira de Tatá Werneck para fazer a cirurgia e ressaltou que vive uma situação difícil. “O que eu preciso mesmo é trabalho. É o trabalho que me dá dignidade. Eu estou muito contente (com a ajuda), mas estou precisando (de trabalho). A minha situação está difícil”, desabafou.