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Analice Nicolau
Analice Nicolau

O bailarino Jonathan Batista: da Cidade de Deus para o mundo

Conheça a história do jovem que começou a dançar aos oito anos de idade e atualmente desponta com um dos melhores bailarinos do mundo

Analice Nicolau

25/10/2022 15h00

Sonhos movem o mundo e não poderia ser diferente com Jonathas Batista. Ainda com apenas oito anos de idade começou a fazer dança de salão. Mas, a verdadeira paixão, o balé clássico, chegou aos 11 anos de idade.

Ele conta que os pais possuíam uma agenda de trabalho intensa, e por isso decidiram o colocar numa série de atividades na esperança que ele se identificasse com uma delas. Entre as atividades estava prática esportiva, teatro e então a dança. 

Agora, o jovem sonha em retornar ao brasil como bailarino convidado para se apresentar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

Porém, o caminho não foi nada fácil até conquistar a posição que desponta atualmente. Jonathan lembra que por ser um homem negro retinto não tinha referências ou representatividade. Então, buscou em si mesmo a motivação para inspirar outros jovens negros.

O talento era tamanho que ele foi estudar em Londres, mas a ida teve que contar com a colaboração de diversas pessoas, através da famosa vaquinha, afinal os pais não tinha condições de custear a viagem. Dessa forma, ele iniciou os estudos da prestigiada English National Ballet, além de fazer uma breve passagem pela Royal Ballet School também.

Ainda que tenha se tornado uma grande estrela do balé clássico, ele não esquece suas raízes

Ao finalizar a graduação, o bailarino decidiu iniciar a carreira norte americana. Assim, ele ingressou em seis companhias e conquistou espaço como solista na Pacific Northwest Ballet, ainda no ano passado.

Ainda que tenha se tornado uma grande estrela do balé clássico, ele não esquece suas raízes. “Ser reconhecido pelo meu trabalho, e tornar-me um nome no ballet clássico e na dança como um bailarino Principal negro retinto é muito especial, e um momento informativo para o ballet e a dança nos Estados Unidos e no Brasil, hoje temos a oportunidade de celebrar outras culturas no ballet e na dança, em meu caso a cultura preta, e a representatividade é importante para mostrar as jovens pretos que sim é possível você se tornar um bailarino”, afirmou. 

Ao finalizar a graduação, o bailarino decidiu iniciar a carreira norte americana

Engana-se quem pensa que os sonhos pararam por aí. Agora, o jovem sonha em retornar ao brasil como bailarino convidado para se apresentar no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e compartilhar com o povo brasileiro a sua arte e devoção ao balé.

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