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Analice Nicolau
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Grandes fabricantes de Pneus sob investigação por suspeita de cartel na Europa e Brasil

Operações de busca e apreensão marcam o início de investigações profundas sobre acusações de coordenação de preços entre quatro líderes do mercado

Analice Nicolau

05/02/2024 17h15

Quatro líderes da indústria de pneus – Pirelli, Continental, Michelin e Nokian Tyres – estão enfrentando sérias acusações de envolvimento em práticas anticompetitivas, conforme investigações antitruste conduzidas tanto na União Europeia quanto no Brasil. As suspeitas giram em torno de um possível esquema de cartel, que estaria afetando negativamente as dinâmicas do mercado.

Recentemente, a Comissão Europeia, encarregada de supervisionar questões de concorrência nos 27 países-membros da União Europeia, executou batidas em diversas sedes destes fabricantes de pneus. Essa operação é parte de um esforço mais amplo para apurar acusações de coordenação de preços entre estas corporações, incluindo possíveis comunicações estratégicas para tal fim.

A Pirelli, originária da Itália, assegura sua total adesão às normas de concorrência. Paralelamente, a Continental, com sede na Alemanha, confirmou a realização de investigações por parte das autoridades europeias em suas instalações. A francesa Michelin também está envolvida na investigação, mantendo sua posição de estrita observância das leis antitruste.

No Brasil, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) iniciou um inquérito contra a Pirelli relacionado a acusações semelhantes. A Polícia Federal brasileira desvendou evidências que apontam para a participação da filial brasileira da Pirelli em um esquema de cartel e dumping desde 2015. Registros de conversas entre diretores e distribuidores indicam tentativas de manipulação de preços para elevar as margens de lucro.

Essas acusações, se confirmadas, poderão ter consequências extensas para o setor de pneus, impactando não apenas as empresas envolvidas, mas também os consumidores na Europa e no Brasil. As práticas de cartel, que tipicamente incluem fixação de preços e limitação de produção, constituem violações graves das leis antitruste e podem levar a sanções severas e mudanças nas práticas comerciais.

Em conclusão, a investigação em curso representa um período de incerteza para as empresas implicadas e coloca em cheque a integridade do mercado de pneus. O resultado dessas investigações será crucial para a restauração da confiança dos consumidores e a garantia de um mercado justo e competitivo.

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