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Analice Nicolau
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Eduardo Bomfá faz desabafo: “os músicos vão morrer de fome”

Sofrendo com a crise gerada pela pandemia da Covid-19, socorro ao setor de eventos está em análise no Senado

Analice Nicolau

24/03/2021 12h00

Eduardo Bomfá

Eduardo Bomfá

Não é novidade que a crise instalada pela pandemia do covid-19 atingiu todos os setores do mundo inteiro. No Brasil, a categoria do setor de eventos é responsável por 2% do PIB nacional e emprega mais de 25 milhões de pessoas.

Eduardo Bomfá é produtor artístico há 23 anos e está à frente de grandes duplas sertanejas no show business, entre eles, a dupla Fabrício e Henrique. Bomfá conta que mais de 90% dos músicos do país, incluindo aqueles que dependem dele, estão sem trabalhar há mais de um ano e a restrição dos eventos tem causado desespero.

“É muito mais do que querer fazer shows, mas entender que estamos falando de famílias que precisam se alimentar, pagar contas e viver. O que o governo precisa nos dar assistência e criar medidas de seguranças válidas para que nós também voltemos a trabalhar. Todas as categorias são importantes e nesse novo normal, precisamos de estrutura para voltar ao trabalho, ou em breve, muitos vão morrer de fome”.

“Todos os dias recebo ligação de conhecidos do meu ramo, que já me prestaram serviço, pedindo ajuda para comprar gás de cozinha, arroz, produtos de higiene e até mesmo pagar o aluguel. É muito triste ver todos eles sem amparo, pois eu também sinto a dor deles”, contou.

Em junho do ano passado, uma proposta foi apresentada pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE). A PL 5638/2020 propõe o “plano para setor de eventos em razão da pandemia com o objetivo de oferecer condições para que o setor de eventos possa mitigar perdas em razão da pandemia do novo coronavírus”.

A proposta em tramitação na Câmara dos Deputados prevê o parcelamento de débitos tributários e não tributários em qualquer etapa de cobrança, inclusive para empresas optantes pelo Simples Nacional.

Segundo informações da Agência Câmara de Notícias, “a proposta vai garantir a sobrevivência do setor de eventos até que as atividades sejam retomadas sem restrições, bem como gerar a capacidade econômica para que volte a operar”. O projeto de lei agora aguarda votação.

“Nossa classe também precisa pagar contas e dar sustento a nossa família. Existem medidas que podem ser adotadas, como barreiras de acrílico separando o público dos profissionais, e claro, seguir todas as medidas de biossegurança. Até que essa doença seja vencida, precisamos de adequações para exercer nossa profissão”, desabafou.

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