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Analice Nicolau
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Cafezais do Cerrado Mineiro emitem menos carbono do que capturam, de acordo com estudo

Analice Nicolau

28/12/2023 8h00

Estudo é realizado em plantações de café do Cerrado Mineiro

De acordo com estudos publicados pelo Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), os cafezais localizados no Cerrado Mineiro absorvem mais carbono do que emitem. No estudo 20 fazendas de plantação de café associadas à Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocacer) foram avaliadas pela plataforma Carbon On Track, que constatou um número de emissões negativo, de -0,2 tonelada de dióxido de carbono (CO2), equivalente a um por hectare ao ano.

Farlla Gomes, Gerente Técnica em Sustentabilidade da Expocaccer, fala sobre o trabalho dos cooperados

As fazendas nas quais o estudo foi realizado são cooperadas à Expocaccer possuem área média de produção de café de 192,4 hectares, variando de 40 a 371 hecatres com áreas bem adensadas, com uma média de estande de 4.370 plantas por hectare. A produção agrícola nelas são, geralmente, realizadas a partir da fertirrigação e da alta mecanização (plantio, adubação e colheita mecanizada). A produtividade média foi de 30,6 por hectare, o que é considerada acima da média brasileira que é de 21 sacas de café por hectare.

Alessandro Rodrigues, Coordenador de Projetos e Serviços da área de Clima e Emissões do Imaflora

 “Os cooperados da Expocacer estão sempre na vanguarda da tecnologia, inovação e sustentabilidade. O balanço de carbono feito em parceria com o Imaflora comprova o trabalho sustentável que nossos cooperados têm feito há mais de 10 anos. Seguimos juntos, rumo a uma cafeicultura cada vez mais sustentável e de baixas emissões”, declarou Farlla Gomes, Gerente Técnica em Sustentabilidade da Expocaccer.
  Alessandro Rodrigues, Coordenador de Projetos e Serviços da área de Clima e Emissões do Imaflora, afirma sobre a plataforma que avaliou as fazendas: “A plataforma Carbon on Track realiza, sob demanda, uma série de estudos sobre agropecuária. No setor cafeeiro, a tônica permanece: fazendas com técnicas agrícolas mais sustentáveis são capazes de não só reduzir suas emissões, como também contribuir para o sequestro de carbono. Esse grão, negativo em carbono, ganha valor agregado e mostra que a sustentabilidade é um bom negócio”.
 Segundo a Expocacer, fazendas de todo o mundo deveriam seguir esse exemplo de redução de Gases do Efeito Estufa (GEE’s), visto que essas propriedades agrícolas possuem a chance de contribuir com isso, por meio da utilização de adubos orgânicos, resíduos vegetais e fertilizantes organominerais ao invés dos adubos nitrogenados. Caso seja necessário o uso dos fertilizantes químicos devido ao seu baixo custo, a sua aplicação deve ser feita via fertirrigação (aquamonia). Outra solução é a reutilização resíduos de palha e casca para reduzir a provável mineralização do nitrogênio no solo.

Simão Pedro de Lima, Diretor Superintendente da Expocacer, fala sobre o objetivo de se promover a sustentabilidade

Todas essas medidas sustentáveis, segundo o estudo, são aliadas da diminuição dos gases do efeito estufa à longo prazo já que com a melhoria da qualidade do solo, haverá uma redução nos insumos externos compostos por nitrogênio, fosfato e glifosato.
  “A nossa intenção é promover uma sustentabilidade real, em conformidade com o nosso propósito de inspirar, fomentar e nutrir uma cafeicultura de vanguarda atrelada ao impacto. Entendemos que o mercado está cada vez mais exigente e que nós temos que atender e acompanhar o movimento em prol de um meio ambiente saudável. Para tanto, possuímos um departamento exclusivo para assuntos ligados à sustentabilidade, onde orientamos e fomentamos as boas práticas também entre os cooperados”, explica Simão Pedro de Lima, Diretor Superintendente da Expocacer.

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