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Analice Nicolau
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11º Polentaço recebe 15 mil visitantes em Monte Belo do Sul e movimenta comércio local

Além de favorecer pequenos e médios produtores, o evento tradicional fomenta o turismo da região e aquece a economia da cidade

Analice Nicolau

25/05/2022 12h00

Atualizada 24/05/2022 18h12

Além de favorecer pequenos e médios produtores, o evento tradicional fomenta o turismo da região e aquece a economia da cidade (Crédito Augusto Tomasi)

O município de Monte Belo do Sul/RS recebeu no último sábado e domingo (21 e 22 de maio) o 11º Polentaço. O evento reuniu 15 mil pessoas e serviu impressionantes 1,6 mil quilos de polenta, fracionados em aproximadamente 6,5 mil porções do alimento, acompanhado de molho de carne e queijo ralado.

O secretário municipal de Cultura e Turismo, Álvaro Manzoni, declarou que o evento foi um sucesso cultural e econômico, com grande repercussão. “O Polentaço é um evento que agrega entusiasmo, tradição, parcerias e voluntariado, tendo papel fundamental na guinada que o município deu no turismo e na atração de empreendedores”.

O evento reuniu 15 mil pessoas e serviu impressionantes 1,6 mil quilos de polenta, fracionados em aproximadamente 6,5 mil porções do alimento, acompanhado de molho de carne e queijo ralado (Crédito Viviane Somacal)

Com 30 pequenas empresas expondo e comercializando produtos no evento, a proposta beneficia diretamente os empreendedores de pequeno e médio porte da região, especialmente os familiares.

“A renda destes dois dias fica entre as famílias, um formato de turismo sustentável, fazendo com que estes núcleos familiares que participam das promoções de Monte Belo Sul tenham sentimento de pertencimento ao local em que vivem. Isso tudo faz do Polentaço uma promoção altamente lucrativa, não sob o ponto de vista financeiro, mas pela preservação da cultura e tradição dos imigrantes italianos”, disse Manzoni.

Com 30 pequenas empresas expondo e comercializando produtos no evento, a proposta beneficia diretamente os empreendedores de pequeno e médio porte da região, especialmente os familiares. (crédito Silvestre Silva Santos)

A satisfação com a presença do público, consumindo produtos coloniais e artesanato, e assistindo aos espetáculos culturais e shows musicais, contagiou também o prefeito da cidade, Adenir José Dallé.

“Foi uma maravilha, sucesso absoluto. Desde 2017 temos trabalhado com foco no desenvolvimento econômico por meio do turismo, realizando eventos capazes de atrair visitantes. A cada edição, crescemos em número de negócios participantes e de público visitante. Isso significa que estamos no caminho certo”, disse o representante político.

O tombo da polenta, que é a passagem do alimento do tacho onde a farinha foi fervida para o recipiente de onde é servida e distribuída à população, encantou os visitantes em dois momentos, nas tardes de sábado e de domingo.

Anselmo Eidemann, marceneiro aposentado, de 81 anos e morador de Rio do Oeste, é um dos nove voluntários que vieram do Oeste catarinense para ajudar a fazer a polenta. Ele participou pela terceira vez do Polentaço e revela que foram utilizados 125 quilos de farinha e mais de 600 litros de água para cada um dos dias. Além disso, foram 5 quilos de sal e 3 litros de óleo de soja para produzir cada tacho com 800 quilos de polenta, com quatro horas de cozimento. “Quando a polenta é servida para as pessoas, recebe o complemento de molho de carne e mais 450 quilos de queijo”, conta.

O comércio incentivado pelo fluxo de pessoas circulando pela cidade devido à festividade gerou resultados considerados muito bons durante o final de semana (Crédito Alessandro Manzoni)

Nesta edição, foram mais de 6,5 mil porções distribuídas ao público. A família de Alexandre Souza e Elisandra Fernandes, de Bento Gonçalves, que foi à festa com dois filhos de 11 e oito anos, aprovou o resultado. “A polenta é muito boa, e o Polentaço é uma excelente festa e estamos muito felizes por poder participar”, disse Elisandra.

O comércio incentivado pelo fluxo de pessoas circulando pela cidade devido à festividade gerou resultados considerados muito bons durante o final de semana. Eduardo Gabriel, agricultor familiar do interior do município, levou o que produz na propriedade para vender no quiosque e encerrou a programação satisfeito. “Essa festa ajuda muito os pequenos agricultores e dá um reforço de caixa das empresas familiares”, garantiu.

Quem visitou o Polentaço no domingo (22) pôde ver de perto as obras premiadas na edição deste ano da Exposição de Esculturas feitas com polenta, uma das únicas mostras do gênero no mundo. (Crédito Alessandro Manzoni)

Quem visitou o Polentaço no domingo (22) pôde ver de perto as obras premiadas na edição deste ano da Exposição de Esculturas feitas com polenta, uma das únicas mostras do gênero no mundo.

Entre as 41 inscritas nesta edição, a campeã foi a obra “Imigração Italiana, o embarque em Gênova, no navio Colomba”, assinada pela Comunidade São Pedro, que recebeu o troféu Cagliera D’oro. A segunda colocada foi “A colheita do milho”, de autoria da Confeitaria Benvenutti, e premiada com a Cagliera Dargento. A escultura “Velho Casarão”, do Sítio Pitanga Nativa, ficou com a Cagliera Di Bronzo, na terceira colocação. O Troféu destaque, a Cagliera Nera, foi para a Comunidade Nossa Senhora de Caravaggio, com a obra “La casa del Nonno Bépi”, feita apenas com polenta. As vencedoras receberam, também, prêmios das empresas Multimóveis, Decibal Móveis, Carraro Móveis, Vinícola Cavalleri e Loja Carol Modas.

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