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Professor M.

Fake News, o lado obscuro da Inteligência Artificial

Nem só de objetivos benéficos vive a Inteligência Artificial. Ela pode também produzir desinformação e Fake News em seu lado obscuro.

Prof. Manfrim

24/02/2020 16h59

Imagem ilustrativa

 

O lado romântico da Inteligência Artificial – IA (Artificial Intelligence – AI), de humanitarismo, solidariedade e ações benéficas, está sendo abalado por um lado obscuro, sombrio e temeroso chamado ‘Fake News’.

Antes de mais nada, é necessário destacarmos os gigantescos benefícios da IA em diversas áreas do conhecimento humano, tais como saúde, educação, segurança e pesquisas científicas, proporcionando melhorias do dia a dia das pessoas.

Entretanto, uma empresa desenvolvedora de IA, a Big Bird, tem contribuído diretamente para mostrar o lado questionável da inteligência artificial, criando algoritmos para escrever notícias fictícias sobre política, cultura e ciência, por exemplo.

A empresa declara que seu algoritmo de IA tem como objetivo ajudar jornalistas a desenvolverem notícias mais rapidamente, afirmando que eles podem criar notícias em um tempo muito menor usando sua solução de inteligência artificial.

Contudo, a empresa Big Bird alerta aos jornalistas que desejarem usar o modelo de desenvolvimento de notícias da empresa, que devem remover os erros e limitações do algoritmo, completando o texto das notícias com informações reais, suprimindo as fictícias. Ao menos é o que deveria acontecer!

Por outro lado, o fato do conteúdo das notícias publicadas pela Big Bird serem bastante semelhantes a uma notícia real, pode ocorrer de alguma notícia fictícia se espalhar e se transformar em desinformação.

Fake News da IA

O lado inquietante da IA está materializado no site https://notrealnews.net, como o próprio nome sugestivo diz ‘notícias não reais’, em uma tradução literal do inglês, onde a inteligência artificial é utilizada para desenvolver notícias fictícias como exemplificação do poder do algoritmo.

Por mais persuasivas, convincentes e concludentes que as notícias pareçam, grande parte de seus conteúdos não são verdadeiros, podendo se tornar uma grande fonte de desinformação jornalística, com riscos de serem consideradas Fake News (notícia falsa).

Nesse sentido, quando a IA está nas ‘mãos’ de organizações e pessoas com intenções e objetivos questionáveis, os resultados podem ser perturbadores e provocar apreensão social, profissional e individual.

Nos artigos ‘A Era do 3EX (EXposição EXtrema EXponencial) chegou rápido’ e ‘Menos privacidade e mais exposição: a realidade do 3EX’, discutimos sobre os riscos da manipulação de dados e informações nesse século.

A cada dia nossa exposição é maior em função da menor privacidade que temos em nossa vida, confirmando que a Era do 3EX (EXposição EXtrema EXponencial) está se tornando realidade, envolvendo as Fake News nesse contexto.

Ética, Tecnologia e IA

O método da Big Bird de gerar uma espécie de modelo “pré-escrito” de artigos jornalísticos, apresenta riscos à disseminação de informações falsas e divulgação e propagação de desinformação, podendo ocasionar riscos à saúde, economia e segurança das pessoas, empresas e governos.

Em um mercado onde se estima uma movimentação de U$ 3 trilhões, algo em torno de R$ 12 trilhões até 2022, a Inteligência Artificial deve atrair as mais diversas aplicabilidades, inclusive iniciativas com intenções duvidosas e objetivos questionáveis.

Os Jornalistas sabem que não existe nenhuma novidade na existência de notícias falsas, relatórios modificados, reportagens mal intencionadas, não verificadas e cheias de erros contudo, o problema cresceu exponencialmente com a evolução da tecnologia da informação e comunicação nas últimas décadas.

O Google e o Facebook como exemplos, tem concentrado esforços com a intensão de coibir e suprimir Fake News em suas páginas e servidores, corroborando o perigo real da desinformação on-line.

Podemos buscar alguma proteção das Fake News nos sites da Ethical Journalism Network e da Global Investigative Journalism Network, com dicas importantes de como manter atenção a coisas suspeitas: endereços estranhos, notícias sem autor e sem data, histórias publicadas em uma única página, entre outras.

Mais do que nos tornarmos vítimas das Fake News, devemos tomar cuidados extras para não nos transformarmos em propagadores delas!

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Prof. Manfrim, L. R.

Compulsivo em Administração (Bacharel). Obcecado em Gestão de Negócios (Especialização). Fanático em Gestão Estratégica (Mestrado). Consultor pertinente, Professor apaixonado, Inovador resiliente e Empreendedor maker.

Explorador de skills em Gestão de Projetos, Pessoas e Educacional, Marketing, Visão Sistêmica, Holística e Conectiva, Inteligência Competitiva, Design de Negócios, Criatividade, Inovação e Empreendedorismo.

Navegador atual nos mares do Banco do Brasil, UDF/Cruzeiro do Sul e Jornal de Brasília. Já cruzou os oceanos do IMESB-SP, Nossa Caixa Nosso Banco (NCNB) e Cia Paulista de Força e Luz (CPFL).

Freelance em atividades com a Microlins SP, Sebrae DF e GDF – Governo do Distrito Federal.

Contato para palestras, conferências, eventos, mentorias e avaliação de pitchs: [email protected].

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? Currículo Lattes – Prof. Manfrim

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