Fonte: Deutsche Welle e Blog do Ivair
O primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn, anunciou ontem, quinta-feira, durante coletiva de imprensa realizada em Addis Abeba a intenção do governo libertar todos os prisioneiros políticos e fechar os centros de detenção que estiverem comprovadamente envolvidos em práticas de tortura.
De acordo com Desalegn, a decisão surge como consequência do denominado “diálogo político inclusivo” que o executivo alega a manter com as forças políticas da oposição.
Analistas políticos interpretam que a libertação dos prisioneiros políticos será uma resposta aos apelos internacionais, como da União Africana, cuja sede funciona precisamente na capital da Etiópia, Addis Abeba.
A Anistia Internacional avalia a decisão do governo da Etiópia, como um sinal de que “está chegando ao fim a era da repressão sangrenta” no país. Os encarcerados são oposicionistas das regiões de Amhara e Oromia, que em 2015 e 2016 participaram de protestos contra o governo.
De acordo ainda com a Anistia Internacional, nesses dois anos cerca de mil pessoas estavam detidas ao abrigo da lei antiterrorismo, incluindo um cidadão britânico. Nenhum deles foi sentenciado