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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Secretaria para regularizar

Exemplos são Paranoá e São Sebastião. Já para os proprietários, além da segurança jurídica, abre-se a possibilidade de se credenciar para financiamentos

Eduardo Brito

20/06/2022 23h56

Foto: Myke Sena/Jornal de Brasília (Cedoc)

Candidato agora a deputado federal, o distrital Agaciel Maia propôs formalmente a criação de uma Secretaria de Assuntos Fundiários ao Buriti. A função básica do novo órgão seria promover a regularização dos imóveis não só rurais, mas também urbanos em todo o Distrito Federal. Agaciel argumenta que, se isso é bom para os moradores, melhor será para o próprio governo. O distrital alega que, hoje, os proprietários de imóveis não regularizados limitam-se a formalizar um contrato de compra e venda, ou mesmo de mera cessão de direitos, via procuração, recolhem a firma do comprador e do vendedor, ficando tudo por isso mesmo. “Caso os imóveis estivessem regulares, a tributação renderia ao menos R$ 3 bilhões para o governo brasiliense, um valor mais do que significativo quando se sabe que todo o orçamento de investimentos do Buriti para o ano que vem fica em R$ 1,5 bilhão”, diz ele. Hoje, cidades inteiras não estão regularizadas, além dos condomínios. Exemplos são Paranoá e São Sebastião. Já para os proprietários, além da segurança jurídica, abre-se a possibilidade de se credenciar para financiamentos, o que é ainda melhor para os comerciantes locais.

Aliança para valer e sem volta

Os pré-candidatos da federação PT-PV-PCdoB a governador, Leandro Grass, e a senadora, Rosilene Corrêa, reúnem-se na manhã desta terça-feira, 21, com os presidentes regionais do PT, Jacy Afonso, do PV, Eduardo Brandão, e do PCdoB, João Vicente Goulart, na sede nacional do PT. Lançarão o programa de governo com participação popular, na mesma linha do que será feito também esta semana pela federação em nível nacional, lá com a presença dos candidatos a presidente, Lula, e a vice, Geraldo Alckmin. O evento de Brasília terá, porém, um sentido político próprio. Será um reforço das pré-candidaturas, fortalecidas pela presença dos presidentes dos partidos, para demonstrar que a aliança está firmada e não tem volta.

Falando para o público interno

Em uma demonstração de que fala para a militância neste início de campanha, o candidato da federação PT-PV-PCdoB ao Buriti, Leandro Grass, prometeu uma reforma agrária no Distrito Federal e no Entorno “para combater a grilagem e a ocupação desordenada do solo. Participaram do evento, organizado pela Frente Nacional de Luta Campo e Cidade, com a presença de moradores de assentamentos, de militantes do MST e outras entidades ligadas ao PT. O encontro ocorreu na Rota do Cavalo, na zona rural de Sobradinho. Só para lembrar, a FNL assumiu uma série de invasões de ministérios em Brasília, entre eles o das Cidades e o do Desenvolvimento Agrário, além de sedes nacional e regionais do Incra. Grass afirmou que “o único futuro possível para o Distrito Federal é a preservação e o fortalecimento da agricultura familiar” e que essa é a única forma de ajudar a cidade a evitar novos problemas de abastecimento de água. “A crise hídrica tem relação com a ocupação desordenada do solo, com a grilagem, com o parcelamento e essa condominalização que está sendo feita no DF”, assegurou.

No futevôlei

A deputada brasiliense Celina Leão passou boa parte do seu fim de semana no Circuito Praia do Cerrado, desta vez organizado no Parque da Cidade. Participou de vários jogos e, depois, da entrega das premiações.

Preços do petróleo

De volta à Câmara, nesta segunda-feira, 20, Celina defendeu mudança na política de preços da Petrobras e apoiou a ação do governo Bolsonaro. De acordo com ela, a política de preços da Petrobras segue a mesma adotada em 2016 pelo governo Michel Temer e, assim, “submetida ao critério de paridade internacional, o que significa que os preços dos combustíveis levam em consideração a cotação do barril de petróleo no mercado internacional e, também, as oscilações do dólar”. Para a deputada, porém, “a Petrobras não pode agir como se não estivesse a par da situação da população do nosso País e do mundo. Por isso, defendeu a saída do presidente José Mauro Coelho, e disse que Bolsonaro “cobrou dos três executivos nomeados por ele para o comando da Petrobras que os preços dos combustíveis fossem contidos, chamou de estupro o lucro da estatal e pressionou a empresa a não aplicar reajustes”.

Em festa

O ex-governador José Roberto Arruda acelerou suas participações em festas e eventos ao lado da mulher, a deputada Flávia Arruda, que mantém ritmo incansável. Os dois aparecem em cavalgadas, em danças populares, como forrós e quadrilhas, em visitas a feiras e onde mais houver grande presença popular. Arruda tem evitado, porém, contatos políticos ostensivos. Não esteve, por exemplo, em encontro público com prefeitos do Entorno ou no aniversário do Novo Gama. Conversa, sim, com dirigentes e líderes partidários das mais diversas correntes políticas, mas de forma reservada.

Mudança no PROS

Muito ligado ao governador Ibaneis Rocha e integrante de sua base política, o advogado Celivado Elói, conhecido como Cecéu, deixou o cargo de presidente regional do PROS. Quem assume a presidência, interinamente, é o tesoureiro nacional do partido, Wanderlei Espíndola. O PROS vive uma guerra interna desde que a direção nacional foi substituída por decisão judicial, com o afastamento do seu presidente desde a criação, Eurípedes Júnior, e a posse de Marcus Vinicius Chaves de Holanda.

Pressão sobre Reguffe

Cresceu a pressão de pré-candidatos a deputado dos cinco partidos que se uniram em torno da indicação do senador José Antonio Reguffe ao Buriti. Eles temem que, sem condições de estruturar suas campanhas, percam espaços e eleitores para rivais de outras legendas. Nos últimos dias, seguiram-se manifestações da ex-deputada Eliana Pedrosa, que disputará a Câmara dos Deputados pelo partido do senador, o União Brasil; do professor Pacco, que foi um dos mais votados para deputado federal em 2018, mas perdeu na legenda; e de Hamilton Teixeira dos Santos, mais conhecido pelo apelido Tatu do Bem. Na verdade, o que mais repercutiu foi o protesto de Tatu, em áudio que viralizou nas redes, turbinado por caciques partidários. Por essas e outras é que o próprio senador vem soprando que sua definição sairá mais rápido do que gostaria.

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