Maio é o Mês Internacional da Masturbação, proclamado em 1995 em homenagem à médica Joycelyn Elder, então secretária de Saúde dos Estados Unidos. Elder foi demitida por sugerir a inclusão do tema na educação sexual nas escolas. O tema ainda é repleto de tabus, principalmente sobre o prazer feminino.
Segundo pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), cerca de 40% das mulheres brasileiras não têm costume de se tocar. A ginecologista e obstetra Viviane Monteiro ressalta a importância da prática em vários âmbitos da vida da mulher. “É um assunto pouco abordado, especialmente entre as mulheres, mas é importante saber que a prática frequente melhora a saúde física, mental e sexual”, enumera.
Dra Viviane expõe exemplos práticos que, na sua opinião profissional, todas as mulheres devem saber. Segundo a Dra, a masturbação fortalece o vínculo da mulher com seu corpo e ajuda no autoconhecimento.”Saber exatamente o que dá prazer, quais pontos o que gosta ou que não gosta de ser tocada é muito importante para direcionar o prazer, além de melhorar a autoestima”, acrescenta.
Outro benefício exposto por Dra Viviane, é a liberação de endorfina. “A masturbação é um ótimo analgésico natural. Além disso, a contração do útero seguido do relaxamento da musculatura perineal contribui para eliminação do fluxo menstrual e diminui as cólicas”, pontua.
E como se esses motivos já não fossem o suficiente, Dra Viviane afirma que o orgasmo libera a serotonina, conhecida como o hormônio da felicidade e ainda estabiliza o humor, diminui a ansiedade e melhora a qualidade do sono.”A ocitocina conhecida como ‘hormônio do amor’, também é capaz de criar sensações reconfortantes que tem o poder de acalmar e relaxar, diminuindo consideravelmente os níveis de ansiedade”, desenvolve.
O tabu em torno da masturbação feminina faz com que as mulheres tenham dificuldade em iniciar sua própria intimidade. É importante saber que não há regras e nem o momento certo para começar a se tocar, e que isso varia de pessoa para pessoa.