Esperança. Entre tantas coisas que o vício é capaz de furtar do dependente químico, a esperança é a mais dolorida de perder. E é assim, muitas vezes sem forças e norte, que a Gabatalife encontra familiares e amigos de pessoas temporariamente reféns dos efeitos das drogas. É por isso que todo o trabalho desenvolvido pela instituição abraça toda a rede de apoio do dependente químico, que não raramente se opõe ao tratamento, principalmente no início.
Para quem está na batalha diária contra os componentes químicos, são tantas as promessas sem, de fato, uma solução. Por isso a Gabatalife oferece um tratamento baseado em evidências científicas e que procura ao máximo ver de forma individualizada cada paciente, afinal todos tem uma história diferente, são únicos. Embora alguns pontos possam apresentar semelhanças, generalizar é um erro comum, que cria estereótipos e atrapalha o andamento da recuperação.
Uma nova vida
Esse trabalho feito com tanto cuidado vem de quem entende na pele todo o sofrimento causado pelas drogas. Janderson Fernandes, idealizador da Gabatalife, foi dependente químico dos 16 aos 21 anos de idade e hoje dedica sua vida para ajudar pessoas em situações parecidas. “Poder receber e acolher alguém que está sofrendo emocionalmente e ajuda-lo a se libertar desse sofrimento se assemelha a alegria de renascer”, compara.
Janderson conta que o trabalho desempenhado pela Gabatalife vai além de oferecer um cuidado temporário, ao contrário, a instituição pensa em benefícios a longo prazo para toda a sociedade. “Assim como uma árvore deve crescer para dar frutos e devolver para a natureza aquilo que lhe foi dado, nós da Gabatalife crescemos para devolver para as pessoas e para o país, qualidade de vida e saúde mental”, desenvolve.
A Gabatalife está há 24 anos promovendo “Um novo caminho, uma nova vida”, como diz em seu slogan. E vai além de um bordão uma prática comprovada pelos seus números impressionantes. São mais de quatro mil pacientes recuperados e mais de 12 mil pessoas impactadas direta e indiretamente.