Casas de espetáculos de Brasília estão adotando normas rígidas para coibir o mau comportamento do público. No Centro Cultural Banco do Brasil, não há tolerância para atrasos. “É uma questão de respeito com quem chega na hora”, diz Marcelo Mendonça, diretor do CCBB.
O secretário de Cultura do DF, Pedro Henrique Borio, diz que a postura da secretaria é educativa. “Divulgamos mensagens antes dos espetáculos pedindo que desliguem os telefones e não comam”, explica. No Teatro Nacional, bebidas só são permitidas na época da seca, e a tolerância para atrasos é definida pela produção de cada apresentação.
A maioria dos artistas se diz incomodada. “Estar no palco exige concentração. Qualquer movimento estranho quebra nosso raciocínio”, conta Ribamar Araújo, ator.
Em manifesto na Internet chamado Silêncio, por favor, o produtor cultural James Fensterseifer levanta outra questão: os ruídos causados por falhas estruturais dos espaços e pelos funcionários dos teatros. Segundo ele, locais como o Teatro do Conjunto Cultural da Caixa, a Sala Martins Penna, o Sesc Garagem e o Espaço Cultural Renato Russo têm “ruídos desconcertantes no espaço cênico”.