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De olho no ano eleitoral, Lula cobra reconstrução do Parlamento

“Estamos hoje com uma Câmara de Deputados e Senado que, do ponto de vista ideológico, me parecem que é o pior desses últimos cem anos”, disse Lula, em crítica à atual composição do Congresso

Marcus Eduardo Pereira

25/09/2021 18h25

Foto: Agência Brasil

Com as eleições de 2022 se aproximando, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (25), em reunião com movimentos da periferia de São Paulo, que o pleito do ano que vem vai além dele, e cobrou uma reconstrução do Parlamento. “Se a gente eleger presidente, é preciso deputados e senadores que ajudem a gente a fazer as coisas que precisam ser feitas no Senado”, afirmou.

“Estamos hoje com uma Câmara de Deputados e Senado que, do ponto de vista ideológico, me parecem que é o pior desses últimos cem anos”, disse Lula, em crítica à atual composição do Congresso.

Durante o evento, o PT também mostrou que aposta na conquista de um eleitorado mais jovem. Lula defendeu que todos acima de 16 anos deveriam tirar um título de eleitor para votar e participar do processo político.

A presidente nacional do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR), também fez declarações na mesma linha. “Nós precisamos conscientizar a juventude. Ela precisa participar do processo político, precisa estar nas organizações políticas e nos partidos políticos e precisa participar do processo eleitoral”, afirmou, durante a abertura do evento, ao declarar que a legenda inicia uma campanha para incentivar a juventude a se cadastrar para tirar o título.

Lula defende ajuste fiscal que contemple saúde, educação e transporte

Ao reforçar as críticas ao governo Bolsonaro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a necessidade de um ajuste fiscal que contemple gastos para as áreas de saúde, educação e transporte. De acordo com o petista, o atual governo “joga em cima das costas do pobre” os problemas orçamentários do País, enquanto realiza um desmonte dos direitos conquistados pela CLT.

“É preciso fazer ajuste fiscal porque não se pode gastar dinheiro com saúde, educação, transporte, com nada que interesse ao pobre, quando na verdade gastar dinheiro para cuidar da saúde é investimento. Porque uma pessoa saudável não dá prejuízo, ao contrário, dá lucro à nação”, disse o petista neste sábado (25), durante reunião com movimentos da periferia de São Paulo.

As declarações vieram como uma resposta às manifestações dos grupos que integraram o evento. Em pouco mais de três horas, representantes de diversos movimentos tiveram um espaço à fala e, apesar dos elogios à gestão do ex-presidente, cobraram que, no Planalto, o PT invista mais em ações relacionadas ao desenvolvimento da periferia e do auxílio da comunidade negra do País.

Lula assumiu o compromisso afirmando que se chegar novamente à cadeira presidencial terá que fazer “muito mais” pelo País, já que sua administração será comparada com suas gestões anteriores “E eu estou convencido de que a gente tem que fazer muito mais”, disse.

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