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Brasília

Servidora acusada de participação em tráfico de cobras é afastada

Servidora teria cedido ao estudante uma licença que autorizaria o transporte e a guarda de animal silvestre

Redação Jornal de Brasília

23/07/2020 11h48

Cobra naja de 1,5 metro que picou um estudante de veterinária em Brasília e está no Zoológico da capital federal

A servidora do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Adriana da Silva Mascarenhas, foi afastada da instituição por ter cedido uma licença ao estudante de veterinária Gabriel Ribeiro, suspeito de integrar um esquema de tráfico de animais. Com informações da Agência Brasília.

A medida foi determinada pelo juiz Renato Coelho Borelli, da 9ª Vara Federal Cível de Brasília após o próprio Ibama ter realizado o pedido de afastamento da servidora. A licença foi encontrada na residência de Gabriel, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. 

O documento foi expedido pela servidora quando ela era coordenadora do Centro de Triagem de Animais Silvestres do Distrito Federal e permitia a captura, coleta e transporte de um animal silvestre. 

Para o instituto, a licença seria “descabida e fora da legalidade”, por autorizar o transporte e a guarda de animal silvestre, o que é vedado pela legislação. Na decisão em que afastou a servidora, o juiz Renato Coelho Borelli escreveu que os documentos apresentados “demonstram fortes indícios de prática de atos ímprobos”.

A busca e apreensão na casa de Gabriel Ribeiro foi realizada depois que Pedro Henrique Kambreck, seu amigo e também estudante de veterinária, foi picado, em 7 de julho, por uma Naja kaouthia – cobra originária da Ásia, cujo veneno pode matar.

Kambreck chegou a entrar em coma e ficou hospitalizado por cerca de uma semana em um hospital do Gama, cidade satélite de Brasília. Enquanto ele estava internado, 16 serpentes que seriam suas foram encontradas em um haras em Planaltina, outra cidade no entorno da capital.

A naja, por sua vez, foi encontrada dentro de uma caixa perto de um shopping na região central de Brasília. A suspeita é de que Ribeiro tenha agido para ocultar os animais. Ele foi alvo ontem (22) de um mandado de prisão temporária cumprido pela Polícia Civil.

A Agência Brasil tenta contato com a defesa de Adriana da Silva Mascarenhas.

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