A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (4), uma operação contra um esquema criminoso em consórcio responsável por metade dos serviços de limpeza urbana em São Paulo-SP. São cumpridos mandados em São Paulo, Itajaí-SC, Brasília-DF e Cidade Ocidental-GO.
A operação, denominada Chorume (sétima fase da Operação Descarte), apura a simulação de fornecimento de notas fiscais frias para o consórcio. Foi identificado que um escritório de advocacia em São Paulo gerenciava a emissão das notas e entrega de dinheiro em espécie.
Receita Federal
Os investigadores, agora, trabalham para obter mais provas e saber quem eram os responsáveis por fornecer dinheiro em espécie. Mas além disso, os agentes também apuram uma tentativa de obstrução em fiscalizações realizadas pela Receita Federal do Brasil em 2017.
Suspeita-se que o grupo teria pago R$ 3 milhões a pessoas com grande influência na Receita Federal em Brasília para barrar as fiscalizações. Parte do valor teria sido paga a um escritório de advocacia no DF.
Até o momento foram identificadas três pessoas responsáveis pela entrega do dinheiro que escritório de advocacia repassava aos seus clientes. Eles indicavam as contas bancárias de empresas fictícias, para as quais deveriam ser realizadas as transferências. Em seguida, devolviam o dinheiro em espécie, com a cobrança de uma taxa de 2 a 3% do montante por esse serviço.