Da redação
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A Operação Horus, que investiga policiais acusados de grilagem de terras no Setor Habitacional Sol Nascente, prendeu dois militares que já haviam sido presos em 2017 por extorquir traficantes e vender as drogas deles.
Segundo o delegado Eduardo Galvão, Agnaldo Figueiredo de Assis e Jorge Alves dos Santos se passavam por agentes da Polícia Civil para coagir os traficantes. À época, arrecadaram mais de R$ 13 mil e “apreenderam” as drogas para revendê-las depois.
Jorge e Agnaldo tinham informantes por dentro dos esquemas de tráfico. Estes informantes repassavam informações sobre negociações, local onde as drogas eram guardadas, etc.
Operação Horus
A Operação Horus cumpriu, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), mandados de busca e apreensão contra policiais militares envolvidos na grilagem de terras do Setor Habitacional Sol Nascente. Foram cumpridos 7 prisões e 11 mandados de busca e apreensão contra policiais militares do DF. Entre os alvos, está o Véi da 12, famoso por portar uma arma calibre 12 e apreender drogas e armas na região da Ceilândia.
Além de Gaeco e do Ministério Público do DF, a operação tem a Coordenação Especial de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado, aos Crimes contra a Administração Pública e contra a Ordem Tributária (CECOR). A Corregedoria da Polícia Militar do DF também acompanha o cumprimento dos mandados.
As investigações iniciaram em 2011. Através delas, descobriu-se que um grupo criminoso atuava no parcelamento irregular de solo urbano do Sol Nascente desde o início da ocupação do condomínio.
Por conta deste parcelamento, dezenas de loteamentos irregulares foram surgindo. Há, inclusive, brigas por terras na região, que teriam causado até homicídios em anos passados.