Jéssica Antunes
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O homem que matou a mãe com uma barra de ferro no Riacho Fundo I na quinta-feira passada (22) está internado na ala psiquiátrica da Penitenciária Feminina do Distrito Federal. Fernando Lino de Souza, 33 anos, amordaçou, amarrou e matou a mulher, de 60 anos, com diversos golpes com cano de ferro dentro da residência da família. Em Audiência de Custódia, a Justiça determinou internação provisória, pelo prazo de 45 dias, para avaliar a sanidade mental do suspeito.
“O conduzido mostra claros sinais de padecer de alguma enfermidade mental”, afirmou o juiz substituto do Núcleo de Audiência de Custódia (NAC), Wellington da Silva Medeiros. Fernando confessou que matou a própria mãe “porque estava passando por dificuldades”. Para o juiz, isso “revela discurso desconexo e próprio de quem tem alguma deficiência cognitiva” e os indicativos de insanidade mental poderiam comprometer o discernimento para a prática de crime.
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Assim, a decisão foi de mandar o suspeito à internação provisória na ala psiquiátrica da Penitenciária Feminina do DF para instauração de incidente de sanidade mental. Aquela é a única unidade destinada para isso. Segundo informações do Tribunal de Justiça, a ala é separada das demais detentas e funciona de forma provisória até que seja construída a Penitenciária III e o Núcleo de Saúde no Complexo Penitenciário do DF, dotada de psiquiatra, psicólogos e terapeutas ocupacionais.
No dia do crime, o suspeito conversou com o Jornal de Brasília após ser preso em flagrante. Atrás das grades da 27ª Delegacia de Polícia, ele disse que as discussões eram constantes e afirmou ser usuário de drogas. “Não lembro quantas vezes bati nela. O ferro, peguei lá em casa mesmo. Estou arrependido”, garantiu. Fernando Lino de Souza vivia de aposentadoria por distúrbios mentais e já havia sido preso por tentativa de homicídio cometido em 2012 e cumpria regime domiciliar.