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Teatro e Dança

Jovem bailarina cria escola para ampliar o acesso à dança em Ceilândia

Aos 21 anos, Bruna Mendes transformou a própria trajetória na inspiração para um projeto que promete abrir caminhos para outras crianças e adolescentes de Ceilândia

Aline Teixeira

17/11/2025 15h26

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Foto: Tony Winston

Aos 21 anos, Bruna Mendes transformou a própria trajetória na inspiração para um projeto que promete abrir caminhos para outras crianças e adolescentes de Ceilândia. Moradora do Pôr do Sol, ela cresceu sonhando com a dança, mas sem condições de pagar aulas. Começou a treinar apenas aos 10 anos e, desde então, seguiu estudando, dando monitoria e atuando em escolas, academias e creches.

Em 2024, após ser demitida, decidiu fazer do sonho um plano real: usou o dinheiro da rescisão para alugar um espaço de 100 m² e, ao lado de duas amigas, inaugurou a Ecoar Dance em abril de 2025. A proposta nasceu com um objetivo claro — democratizar o acesso à dança na região.

Hoje, a escola oferece aulas de balé clássico, jazz dance e danças urbanas, com três professores e turmas reduzidas. Para garantir que mais pessoas possam participar, as mensalidades variam entre R$ 100 e R$ 160, e a primeira aula é gratuita, mediante agendamento pelo Instagram. A agenda funciona de segunda a sábado, principalmente no período noturno.

A Ecoar Dance já organiza seu primeiro espetáculo, marcado para 6 de dezembro, no Teatro do Céu das Artes, em Ceilândia. Para Bruna, esse será um momento simbólico — a concretização de algo que um dia parecia distante para uma menina que não tinha acesso a uma sala de balé.

Cursando o 7º semestre de fisioterapia, Bruna também pretende integrar saúde e movimento. O plano é abrir turmas de pilates e psicomotricidade infantil e aprofundar o cuidado com cada aluno. Ela já desenvolveu uma ficha de anamnese que avalia condições físicas e emocionais, reforçando sua visão de que a dança deve ser um ambiente acolhedor.

Apesar da conquista, Bruna sabe que o caminho ainda é longo. A jovem empreendedora busca capacitação e deseja participar de cursos que a ajudem na gestão da escola. “Quero entender melhor o que o Sebrae pode me oferecer. Preciso me profissionalizar para fazer a Ecoar crescer”, afirma.

Com determinação e sensibilidade, ela transforma a própria história em uma ponte para outras meninas e meninos da periferia. “A dança me salvou. Eu quero que outras crianças daqui tenham a mesma chance.”

Serviço
Ecoar Dance
Instagram: @ecoardance
WhatsApp: (61) 99586-8222

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