Poucos entendem tão bem a riqueza cultural do País quanto o cantor e compositor Wado. Nascido catarinense e alagoano de coração, ele mistura ritmos e referências em seus discos, que vão do samba ao reggaeton. As temáticas também são inúmeras: canta sobre o amor (Melhor, Frágil) e critica as dificuldades da radiodifusão dos sons da periferia (Reforma Agrária do Ar).
Vazio Tropical é o nome de seu novo álbum, que o artista traz para Brasília hoje, a partir das 21h, no Clube do Choro. Diferentemente dos demais, o sétimo CD não é uma salada sonora e traz uma unidade em todas suas faixas. São todas calmas “Nunca tinha feito um disco como esse. Os outros foram miscelâneos. Tinha vontade de fazer um que fosse palatável nesse sentido”, justifica o artista.
Parcerias
No recente trabalho, ele conta com parcerias de peso, como o casal Marcelo Camelo e Mallu Magalhães. Outro nome que aparece é o jovem Cícero – revelação que bombou na internet no ano passado. “Trabalhamos juntos na trilha sonora de uma série de TV a cabo e percebemos que a gente compunha bem junto”, comenta Wado.
Depois de ganhar o prêmio de melhor canção do ano (Com a Ponta dos Dedos) da última edição do Video Music Brasil, da MTV, ele comemora sua situação atual: “Melhorou um pouquinho e deu um gás para vender mais show. O prêmio deu uma engordada no meu currículo”.
Entre os destaques de Vazio Tropical está Flores do Bem, cantada ao lado do talentoso Momo. Vale lembrar que, antes de seguir carreira solo, os dois participavam da banda Fino Coletivo.
O CD lançado pelo selo Oi Música após Wado vencer o concurso Música Para Todo Mundo. Bem produzido, o disco foi masterizado por Felipe Tichauer (Stevie Wonder e Cristina Aguilera) e é um dos melhores trabalhos de sua carreira de mais de dez anos.
