“F1” não é apenas um filme: é uma imersão sensorial no universo da velocidade, do brilho e da emoção. Entre o melodrama e a ação, a trama acompanha Sonny Hayes, um piloto veterano que retorna às pistas 30 anos após um grave acidente. A direção de Joseph Kosinski — o mesmo de Top Gun: Maverick — mantém o nível de espetáculo, criando uma experiência em que cada segundo pulsa com adrenalina.
A história mistura superação e nostalgia com um protagonista carismático e irreverente. Brad Pitt, aos 60, brilha como o destemido Sonny, combinando charme e energia com uma performance que supera os clichês do roteiro. É ele quem sustenta a trama, conduzindo o público da primeira à última volta.

Mas o filme não vive só de velocidade. Kerry Condon, no papel da diretora técnica Kate McKenna, traz profundidade emocional e equilíbrio à narrativa. Sua parceria com Pitt oferece os momentos mais sensíveis do longa, garantindo que a trama não se perca no espetáculo visual.
Kosinski entrega uma obra visual e sonora de impacto. As corridas, filmadas com câmeras inovadoras e técnicas de imersão, fazem o público se sentir dentro de um carro de Fórmula 1. Sequências como as de Daytona ganham força com a trilha sonora eletrizante de Hans Zimmer, elevando ainda mais o ritmo e a tensão.

A rivalidade entre o veterano Sonny e o novato Joshua Pearce (Damson Idris) tenta atualizar a fórmula com um embate de gerações. Embora os diálogos por vezes soem rasos, o conflito entre os dois oferece momentos intensos e aponta para a evolução dos personagens dentro e fora das pistas.
A estética de videogame, com gráficos e efeitos que destacam cada curva das corridas, atualiza o visual e insere a Fórmula 1 em um contexto moderno e sofisticado. O fetiche tecnológico, o culto aos carros e a reverência à “velha guarda” surgem com naturalidade, ainda que emoldurados por um olhar predominantemente masculino.

O grande trunfo de F1 está na sensação física de velocidade. A edição, os efeitos e o desenho de som criam uma experiência visceral. Mesmo que a trajetória de Hayes siga caminhos previsíveis, a força visual do filme transforma a narrativa em algo maior — o espectador literalmente acelera junto com os personagens.
Conclusão
Ao equilibrar nostalgia e modernidade, o filme se encaixa perfeitamente na era dos blockbusters. Mais do que contar uma história sobre corridas, F1 celebra o cinema de ação clássico, traduzindo o espírito da Fórmula 1 para a tela com estilo, carisma e emoção. Uma experiência que vale cada segundo até a linha de chegada.
Confira o trailer:
Ficha Técnica
Direção: Joseph Kosinski;
Roteiro: Ehren Kruger;
Elenco: Brad Pitt, Damson Idris, Javier Bardem, Kerry Condon, Tobias Menzies, Kim Bodnia, Simone Ashley;
Gênero: Drama, Esporte;
Duração: 156 minutos;
Distribuição: Warner Bros. Pictures; 
Classificação indicativa: 12 anos;
Assistiu à cabine de imprensa a convite da Espaço Z