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Festival Marco Zero leva dança para escolas e ruas do DF

Evento celebra ancestralidade, diversidade e criação coletiva em espaços urbanos e educacionais

Aline Teixeira

27/10/2025 18h03

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Foto: Divulgação

O Festival Marco Zero – Dança em Paisagem Urbana chega à sua oitava edição e transforma o Distrito Federal em um grande palco a céu aberto. De 27 a 31 deste mês, o projeto leva oficinas, intervenções e performances para escolas públicas e espaços urbanos da Ceilândia, Gama e Santa Maria, promovendo encontros entre arte, território e comunidade.

As atividades têm início nesta segunda-feira (27), às 17h, na Estação Ceilândia Central do Metrô, com o espetáculo Burburinho, de Jefferson Figueirêdo (PE/DF) — uma celebração do frevo como pulsação coletiva e manifestação de rua. A programação é gratuita e integra o Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023.

Com curadoria de Marcelle Lago, Flávia Meireles, Ivana Motta e Bárbara Matias Kariri, o Marco Zero 2025 convida o público a refletir sobre o corpo como território político e sensível. “O objetivo desta edição é estabelecer um diálogo entre a rua e a escola. Trazer para o chão da escola a reflexão sobre o movimento. Refletir e pensar a partir da dança”, explica Marcelle Lago, idealizadora e coordenadora do festival.

Desde sua criação, em 2006, o evento se consolidou no calendário cultural da cidade por ampliar o acesso à dança contemporânea e valorizar a produção local. Desde 2022, a programação passou a ser 100% gratuita, abrindo espaço para artistas indígenas, negros, periféricos, LGBTQIAPN+ e pesquisadores de diversas linguagens.

Entre os destaques desta edição estão as performances:

  • “X”, da Cia Mutum (DF), dirigida por Wally Fernandes, que aborda poeticamente corpos pretos, trans e periféricos e suas experiências de desterritorialização;
  • “Ruído”, da multiartista Bussy (DF/SP), que propõe uma imersão entre o humano e o inumano, com corpos tomados por entidades invisíveis em busca de novas formas de comunicação;
  • “Corpágua”, de Rô Colares (PA), que evoca a simbologia da Mãe D’Água e reflete sobre corpo, floresta e emergência climática;
  • e a ação ritual “Destravando a cidade”, de Idiane Crudzá (AL), mulher indígena Kariri-Xocó, que encerra o festival no Centro de Ensino Médio 2 do Gama, no dia 30 de outubro, com um “rezo-rua” que celebra as vidas que florescem apesar do asfalto.

Além das apresentações, o festival promove duas oficinas abertas ao público:

  • “Abre-Alas: corpos e presenças no frevo”, com Jefferson Figueirêdo (PE/DF), que propõe vivências sobre o frevo como expressão de liberdade, resistência e reinvenção;
  • “Caminhos pra se dançar junto: estratégias de escavação de um corpo coletivo”, com Rô Colares (PA), mulher indígena Arapiun e pesquisadora da dança na Amazônia, que investiga o corpo coletivo como gesto político e poético de permanência e escuta

Serviço:
8º Festival Marco Zero – Dança em paisagem urbana
De 27 a 31 de outubro de 2025
Lugar de dança é na rua e na escola!
Locais: Ceilândia, Gama e Santa Maria
Classificação indicativa Livre

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