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Wojciech Szczesny, o piadista polonês que defendeu um pênalti de Messi

“Lionel Messi, eu estudo você!”, alertou o goleiro antes de enfrentar a Argentina no último jogo da fase de grupos

Redação Jornal de Brasília

02/12/2022 13h23

Foto: Glyn KIRK / AFP

“A chave para parar Mbappé? Eu mesmo!”, brincou o goleiro polonês Wojciech Szczesny, herói de sua seleção na Copa do Mundo, às vésperas de enfrentar os atuais campeões franceses nas oitavas de final, no domingo (4).

Com um ataque ainda pouco acertado (dois gols em três partidas), Szczesny mostra que um goleiro com total confiança é uma segurança primordial, sobretudo por ter sido vazado apenas duas vezes na competição, sendo assim o atleta que mais tem “evitado” gols, segundo estatísticas da Opta.

“Sem ele, não estaríamos classificados” em segundo lugar, atrás da Argentina, avalia o jornalista Kamil Kolsut quando questionado pela AFP. 

“Ele é o jogador mais importante do time. Não o Robert Lewandowski, que tem que ajudar na defesa e não tem chance de trabalhar na frente”, completa.

Embora as declarações de Szczesny soem como uma piada, sobretudo com o movimento da Uefa de publicar um vídeo no Twitter do gol sofrido por Kylian Mbappé no duelo entre Juventus e Paris Saint-Germain (pela Liga dos Campeões, em 2 de novembro), o goleiro quer ser levado a sério.

“Lionel Messi, eu estudo você!”, alertou o goleiro antes de enfrentar a Argentina no último jogo da fase de grupos na última quarta-feira (30). Prova disso, foi a magnífica defesa na cobrança do pênalti batido pelo astro argentino, que acabou não evitando a derrota dos poloneses por 2 a 0.

“Foi difícil (…) mas, felizmente, Szczesny está em muito boa forma”, revelou o treinador Czeslaw Michniewicz, lamentando que Lewandowski não seja suficientemente “assistido” pelos companheiros.

“Não podemos nos tornar heróis”

O goleiro de quase dois metros de altura já desfilava boas atuações na vitória por 2 a 0 sobre a Arábia Saudita, no sábado passado (26) e defendendo um pênalti e bloqueando outro chute logo em seguida, no empate por 0 a 0 com o México na rodada anterior.

O polonês diz que na posição de goleiro, “não podemos nos tornar heróis marcando gols, mas pelo menos podemos tentar ajudar a equipe”, afirmou. 

“Faz parte do trabalho. Jogamos o jogo dentro de nossas cabeças e analisamos o adversário por horas. Sempre analisamos os cobradores de pênaltis. Às vezes faz sentido, outras vezes não ajuda em nada”, confessou .

Formado no Arsenal de Arsene Wenger, Szczesny também viveu momentos de má sorte ao longo da carreira.

Em 2008, o atleta quebrou os dois antebraços durante um treino. Já na Eurocopa de 2012, ele recebeu um cartão vermelho em sua primeira partida. E, na última edição do campeonato, o ex-jogador da Roma fez um gol contra na estreia frente à Eslováquia, que acabou superando a Polônia por 2 a 1.

Mas, aos 32 anos e em sua segunda, e provavelmente última, Copa do Mundo, o polonês parece finalmente reconciliado com a sorte… pelo menos em campo.

Depois de ter atingido o rosto de Messi durante uma disputa aérea na quarta-feira, ele propôs ao argentino que apostasse 100 euros que o pênalti não seria marcado pelo VAR, mas a aposta foi perdida.

“Não sei se é permitido na Copa do Mundo, podem até me punir por isso, mas não me importo”, brincou mais tarde diante dos jornalistas. “Eu também não vou pagar. Messi não se importa com 100 euros, acho que ele não precisa deles!”, finalizou em tom descontraído.

© Agence France-Presse

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