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‘Vai ser uma dor para sempre’, diz Bruno Henrique, sobre tragédia no CT do Fla

“Sabemos que a melhor forma de tentar amenizar um pouco essa dor é entrar em campo e vencer. Vamos dar o nosso melhor em campo para vencer. Só assim para amenizar esta dor”

Redação Jornal de Brasília

07/02/2020 13h46

Perto de completar um ano, no sábado, a tragédia no CT do Flamengo ainda abala os jogadores do time carioca. Nesta sexta-feira, o atacante Bruno Henrique disse que a dor no clube será “para sempre” e afirmou que as vítimas inspiram os atletas a buscarem bons resultados dentro de campo.

“Vai ser uma dor para sempre. Completa um ano da tragédia amanhã”, disse o jogador. “Sabemos que a melhor forma de tentar amenizar um pouco essa dor é entrar em campo e vencer. Vamos dar o nosso melhor em campo para vencer. Só assim para amenizar esta dor”, declarou.

Questionado sobre a busca das famílias das vítimas por indenizações, Bruno Henrique evitou se pronunciar. “Creio que o Flamengo tem pessoas competentes para lidar com esta situação fora de campo”, afirmou o atleta. Nas últimas semanas, o clube vem sofrendo críticas por suposto descaso quanto aos familiares, principalmente em razão das polpudas premiações recebidas pelos títulos do Brasileirão e da Copa Libertadores, no fim do ano passado.

Sobre o time, Bruno Henrique admitiu que o elenco se surpreendeu com a estreia na temporada, na rodada passada do Campeonato Carioca. Por disputar o Mundial de Clubes, em dezembro, o grupo esperava estrear mais tarde para ter mais tempo de pré-temporada

“Ficamos até surpresos. O Mister já havia dito que iríamos jogar na segunda [desta semana]. Até nos olhamos quando ele falou”, revelou o jogador. “Ele sabia que a gente poderia estar em campo com a programação que fizeram. Super bem tranquila para a gente estar bem. Ele falou para a gente se preparar bem que nossa pré-temporada seria os próprios jogos.”

Na sua avaliação, o elenco estava em boas condições físicas para estrear na temporada, na vitória, de virada, sobre o Resende por 3 a 1. “Confiamos na preparação que fizeram para a gente. Deixaram claro que alguns jogadores iriam sentir o ritmo em algum momento. Lidamos com muita naturalidade. Sabemos que o começo é forte.”

CPI do Ninho do Urubu pede a condução coercitiva de dirigentes do Flamengo

Dirigentes e ex-diretores do Flamengo foram convocados, mas não compareceram nesta sexta-feira na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura o incêndio no CT Ninho do Urubu, que matou 10 jogadores das categorias de base e feriu outros três em 8 de fevereiro de 2019.

O Flamengo informa ter enviado o diretor jurídico Antonio Cesar Dias Panza e o advogado William de Oliveira como representantes do clube. Entre os intimados estavam o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello e o atual mandatário Rodolfo Landim. Nenhum dos dois apareceu.

O presidente da CPI então ordenou a condução coercitiva dos dirigentes. O pedido ainda tem de ser protocolado para começar a valer. Landim, Bandeira de Melo e demais membros da diretoria envolvidos no inquérito deverão prestar depoimento na próxima sexta-feira. Se não comparecerem, oficiais de Justiça irão buscá-los em casa.

Além dos dirigentes, familiares de três das vítimas também foram convocados para a CPI. O pai de Pablo Henrique, Wedson Candido de Matos, compareceu como representante das vítimas. A família de Wedson e de outros seis jogadores ainda não fizeram acordo com o Flamengo.

Até agora, o clube rubro-negro indenizou três famílias. O clube ainda negocia com os familiares de Arthur Vinícius, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Jorge Eduardo, Samuel Rosa e Pablo Herique. Com a proximidade da conclusão do inquérito policial que apura a responsabilidade pelo incêndio, a tendência é de que mais famílias acionem judicialmente o clube.

 

Estadão Conteúdo

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