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Futebol

Técnico do Canadá se encanta com torcida, e algoz pede apoio a brasileiras

Arquivo Geral

19/08/2016 17h02

REUTERS/Fernando Donasci

Assim como o saltador francês Renaud Lavillenie, que se revoltou no Engenhão, o Canadá foi bastante vaiado ao enfrentar o Brasil na disputa pelo terceiro lugar do torneio feminino dos Jogos Olímpicos, nesta sexta-feira, em Itaquera. Houve até gritos de “bicha” para a goleira Lebbé a cada reposição de bola. Após consumar a vitória por 2 a 1, no entanto, a equipe estrangeira refez o vínculo com o público brasileiro, que aplaudiu bastante as medalhistas de bronze.

“A torcida ficar no estádio para ver a premiação da medalha de bronze foi algo diferente. Eles não precisavam estar ali. Foi fenomenal”, empolgou-se o técnico John Herdman, sem qualquer queixa em relação às 39.718 pessoas presentes em Itaquera para prestigiar o jogo entre Brasil e Canadá. “O público estava fantástico. Quando o Brasil marcou o gol… Foi fantástico. Todo o torneio foi uma grande experiência para nós, um prazer”, discursou, muito sorridente.

Ao lado de Herdman, exibindo a sua medalha de bronze no peito, a atacante Christine Sinclair não conteve algumas lágrimas enquanto recordava a campanha canadense no Brasil. O time disputou quatro dos seus seis jogos no torneio em Itaquera e ambientou-se bem à cidade de São Paulo, o que, segundo a comissão técnica, contribuiu para uma atuação segura diante da Seleção Brasileira.

Autora do segundo gol do jogo desta sexta-feira, que reduziu bastante as esperanças do Brasil de conquistar o bronze, Sinclair ainda retribuiu o carinho que o seu time recebeu dos paulistanos. Ela aproveitou o fato de estar diante das câmeras de televisão para reforçar a recorrente campanha por mais apoio ao futebol feminino brasileiro.

“Você olha para essas jogadoras – a Marta é a melhor da história – e sabe que existe uma falta de suporte. Ainda assim, elas são grandes jogadoras. Espero que as coisas mudem depois dessa performance nas Olimpíadas, que teve estádios cheios. Como fã do futebol feminino, quero muito que as coisas mudem. Elas merecem tudo”, bradou Sinclair.

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