Cortada por potencial violação de regra antidoping, a oposta da seleção brasileira feminina de vôlei, Tandara, pode ter sido penalizada por conta de um medicamento para controle menstrual. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) informou na noite desta quinta-feira (5) que recebeu notificação da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) sobre a possível inconformidade. Tandara está voltando ao Brasil para evitar prejuízos à seleção, que disputa a semifinal das Olimpíadas de Tóquio contra a Coreia do Sul na manhã sexta-feira (6).
A informação sobre o possível uso de medicamento para controle menstrual é do jornal O Globo. Segundo a publicação, Tandara recebeu a informação com surpresa e ficou inconformada. A oposta disse que está trabalhando em sua defesa e que só se manifestará após conclusão do caso.
A suspensão pegou toda a delegação brasileira de surpresa. O técnico José Roberto Guimarães tenta blindar o elenco em meio à disputa por medalha em Tóquio-2020. A comissão técnica achou que o melhor seria evitar o contato de Tandara com as demais atletas e, por isso, a oposta já retorna ao Brasil.
“Tenho certeza de que o grupo vai entender a situação. São jogadoras experientes e vão entrar focadas no jogo de hoje”, afirmou Marco La Porta, chefe do COB no Japão, ao jornal Folha de S.Paulo.
O exame em questão, de acordo com o COB, foi realizado em um período fora de competição, no centro de treinamento da modalidade em Saquarema, no Rio de Janeiro. Todas as jogadoras foram testadas na cidade fluminense, e o resultado de Tandara foi o único positivo.