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Torcida

Projeto Lago Forte oferece aulas gratuitas de defesa pessoal e jiu-jítsu para a comunidade

“É se sentindo forte que você vai ficando forte”, resume o sargento Guilherme Castro, instrutor do projeto

Redação Jornal de Brasília

11/07/2025 14h32

Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília

Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília

Criado há sete anos pelo 24º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (BPM), o projeto Lago Forte tem transformado a rotina de policiais e moradores das regiões do Lago Norte, Varjão, Taquari e Granja do Torto. A iniciativa oferece aulas gratuitas de jiu-jítsu e defesa pessoal, promovendo não apenas o condicionamento físico, mas também o fortalecimento emocional e a aproximação entre a comunidade e a corporação.

“É se sentindo forte que você vai ficando forte”, resume o sargento Guilherme Castro, instrutor do projeto. Segundo ele, além dos benefícios físicos, a arte marcial atua diretamente no psicológico dos participantes. “Às vezes a pessoa é tímida e, internamente, se acha fraca. Mas, com os exercícios, os movimentos e a interação com os colegas, ela passa a se sentir capaz”, explica. “Os alunos desenvolvem confiança, aprendem a sair de situações difíceis e até a lidar melhor com problemas pessoais.”

O policial destaca ainda que o projeto tem um papel importante na preparação técnica e psicológica dos agentes que atuam nas ruas, mas também na construção de pontes com a sociedade. “É um elo que se cria com a comunidade, promovendo saúde, cidadania e segurança por meio do esporte”, afirma.

Superação em cada aula

A aposentada Zilda Guimarães, de 72 anos, é uma das alunas do Lago Forte. Praticando defesa pessoal há cerca de três anos, ela conta que a experiência vai além do bem-estar físico. “Percebi que ganhei mais condicionamento físico, e o ambiente é muito divertido. O mestre é excelente, e os colegas também”, comenta. “É uma forma de me sentir segura na rua e preparada, inclusive emocionalmente, para qualquer situação.”

Para a dona de casa Maria Nensinha, de 54 anos, o impacto do projeto foi ainda mais profundo. Ela chegou ao batalhão com traumas e medo de policiais — sentimentos que foram ressignificados com o tempo. “Eu via os policiais como inimigos. Hoje, tenho amigos aqui. Fui muito bem acolhida, e isso mudou tudo. A luta me salvou. Me sinto menos agressiva, mais tranquila. Sempre chamo outras mulheres para conhecer, para perder o medo, como eu perdi”, conta, já faixa azul em jiu-jítsu.

Como participar

As aulas do projeto Lago Forte são mistas e ocorrem de segunda a quinta-feira, às 14h e às 18h. Às sextas, são oferecidas aulas exclusivas de defesa pessoal feminina, às 9h, e de jiu-jítsu, às 10h30. As inscrições podem ser feitas diretamente no 24º BPM, e é necessário ter, no mínimo, 14 anos. Atualmente, cerca de 60 alunos participam das atividades.

Com informações da Agência Brasília

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