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Futebol

Pensando em parar, Rosângela ganha motivação após herdar bronze

Arquivo Geral

17/08/2016 9h46

REUTERS/Gonzalo Fuentes

O anúncio feito pelo COI de que Yuliya Chermoshanskaya testou positivo para um exame antidoping realizado com amostras de Pequim 2008 da atleta acabou tendo impacto direto na vida de Rosângela Santos. Integrante da equipe brasileira do revezamento 4x100m nos Jogos realizados na cidade chinesa, ela e suas companheiras Rosemar Coelho, Lucimar de Moura e Thaissa Presti terminaram em quarto lugar na final, mas com a punição à Rússia acabaram se tornando medalhistas olímpicas oito anos após a realização da prova.

Pensando em pendurar as sapatilhas após os Jogos por conta do desempenho frustrante nos 100m rasos no Rio 2016, Rosângela Santos chegou a conversar com sua psicóloga sobre a possibilidade de parar de correr. No entanto, agora detentora de uma medalha de bronze olímpica, a atleta ganhou motivação para continuar sua carreira.

“Mais cedo eu estava conversando com a psicóloga que eu queria parar. Agora, recebo essa notícia. É uma motivação a mais. Já falei para as meninas que agora quero outra medalha, agora quero continuar. Não sei mais o que vou fazer”, disse Rosângela em entrevista ao SporTV.

Competindo no Rio 2016, por enquanto Rosângela Santos não conseguiu resultados tão expressivos quanto os de sua participação em Pequim 2008. Entrando em ação nos 100m rasos feminino, a brasileira até se classificou para a semifinal, mas não correu bem (11s23) e ficou de fora de grande decisão. Ela terá uma nova chance de voltar à uma final olímpica nesta quinta-feira, quando se inicia as disputas no revezamento 4x100m.

“Eu não sei o que estou sentindo. Vim para o estádio hoje ver o Thiago (Braz) ser premiado e receber essa notícia que eu também sou uma medalhista… Não sei, ainda não caiu a ficha. Vim procurando a notícia em todos os sites no ônibus, todo mundo falando. Deus é maravilhoso”, afirmou.

Em meio aos escândalos de dopagem que o esporte russo se envolveu, Rosângela Santos revelou que tinha expectativas de herdar a medalha de bronze do revezamento 4x100m, já que havia a possibilidade de ao menos uma das atletas da equipe russa ter ingerido alguma substância proibida para melhorar seu desempenho nas pistas. Durante o Troféu Brasil de Atletismo, realizado entre os dias 30 de junho e 3 de julho em São Bernardo, ela reencontrou suas companheiras de Pequim 2008 e conversaram sobre a chance de medalha.

“No Troféu Brasil a gente se reuniu e falamos ‘vai dar certo’. Saímos de lá (Pequim 2008) com o sentimento que a gente realmente tinha ganhado uma medalha, a gente batalhou muito, nossa equipe era uma das melhores, eu era muito jovem e as meninas confiaram em mim. A gente não acredita que isso está acontecendo com a gente. Só tenho a agradecer”, finalizou.

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