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Palmeiras x Botafogo: STJD mantém vitória do alviverde e encerra o caso

STJD julga que árbitro não havia recomeçado o jogo, como Botafogo havia reclamado. Decisão não cabe recurso nacional

Willian Matos

18/06/2019 13h42

Da redação
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O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu, na manhã desta terça-feira (18), negar o pedido de impugnação da partida entre Botafogo 0x1 Palmeiras, ocorrida no Estádio Nacional Mané Garrincha, válida pelo Campeonato Brasileiro. Sendo assim, os três pontos do alviverde que estavam “retidos” são contabilizados definitivamente.

O STJD havia pedido à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a retirada preventiva da pontuação. O Palmeiras já liderava a Série A com 22, mas agora voltará a ter 25 e abrirá vantagem de cinco pontos sobre o Santos, vice-líder.

A decisão não cabe recurso do Botafogo em tribunais nacionais, já que o Pleno do STJD é a instância máxima. No entanto, o clube pode recorrer à CAS (Corte Arbitral do Esporte), na Suíça.

O caso

Toda a confusão aconteceu no gol que deu a vitória ao Palmeiras naquela tarde. O tento foi marcado de pênalti pelo zagueiro Gustavo Gomez, após o árbitro Paulo Roberto Alves Junior marcar a penalidade sofrida por Deyverson com o auxílio do árbitro de vídeo (VAR), aos 16 minutos do segundo tempo.

Paulo Roberto, inicialmente, não havia apontado à marca da cal. Porém, depois de ver o lance no vídeo, ele voltou atrás e marcou pênalti de Gabriel em Deyverson. A reclamação do Botafogo é que a bola já havia voltado a rolar depois da primeira decisão, violando, assim, a regra 5 da Fifa e o protocolo 8.12 do VAR, que falam que uma decisão da arbitragem, para pênalti, não pode ser revista após o reinício do jogo.

A sessão do STJD desta terça (18), em juizado itinerante em Salvador-BA, revelou o áudio da comunicação entre o juiz e a cabine do VAR. Nele, é possível ver Paulo Roberto (árbitro principal) dizendo que Deyverson “se jogou” antes da revisão. Em seguida, o auxiliar de vídeo Adriano Milczvski, pede para que o jogo não fosse reiniciado e que Paulo confira o lance.

Paulo Roberto justifica que não recomeçou o jogo, como informado pelo Botafogo. “Toda situação de cartão amarelo e vermelho a regra diz que tem que ser utilizado o apito. O Botafogo cobra rápido, mas eu não tinha autorizado. Como diz que tem que ser a regra, eu não tinha autorizado com o apito”, afirmou o árbitro.

O Palmeiras foi representado na sessão pelo advogado André Sica, auxiliado também por Osvaldo Sestário. Já o Botafogo, por Anibal Rouxinol, gerente jurídico do clube.

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