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Torcida

No gramado do Maraca, o Brasil conquista a América

Santos e Palmeiras fazem amanhã a final brasileira da Libertadores. Saiba tudo sobre o jogo que promete entrar para a história

Petronilo Santa Cruz de Oliveira Neto

29/01/2021 7h11

Um jogo para entrar na história

O aguerrido e sem dinheiro Santos tenta amanhã, às 17h, no vazio Maracanã, superar o milionário Palmeiras

Em um sábado de sol, final de Libertadores no Maracanã seria o significado de casa cheia. Entretanto, com a pandemia do novo coronavírus ainda em alta pelo mundo, não terá torcida no palco sagrado do futebol. Mas certamente sobrará emoção e um jogo de qualidade na decisão da Taça Libertadores da América entre o badalado e rico Palmeiras e a zebra, sem dinheiro, Santos, amanhã, às 17h.

Principal nome do Alvinegro Praiano dentro das quatro linhas, Marinho pode se consagrar e seguir a trajetória de Pelé (em duas oportunidades) e Neymar (em uma) e levar o Santos a ser o único clube brasileiro a ser tetracampeão da principal competição da América do Sul. Para chegar lá, o Peixe precisa vencer o Verdão. Empate leva a decisão para disputa de pênaltis.

Sem dinheiro e cheio de dívidas com a Fifa, o Santos não pôde inscrever nenhum jogador na temporada e estava fadado a um ano ruim, sem nem pensar em chegar no patamar que está. E isso se deve muito ao trabalho de técnico, psicólogo, gestor e paizão de Cuca. Sem condições financeiras para contratar nem com o direito de inscrever atletas, ele apostou em uma talentosa garotada da base. Não por acaso, Kaio Jorge, que jogou o Mundial Sub-17 no DF, é o artilheiro do clube na competição, com cinco gols. Agora é ver se a molecada, junto com Marinho e Soteldo, manterá o padrão Cuca de qualidade.

Também de forma merecida na decisão, o Palmeiras viveu situação totalmente diferente do Santos para chegar ao Maracanã. O Verdão não tem o menor problema com dinheiro, visto que tem uma patrocinadora forte, que investe muitos recursos no clube, tanto para pagar altos salários quanto para contratar jogadores. Entretanto, mesmo sendo campeão paulista, o Alviverde não empolgava com Vanderlei Luxemburgo no comando. E quando a direção decidiu apostar no português Abel Ferreira, o futebol apresentado subiu muito de nível

O time ficou mais compacto, fazendo com que os talentos individuais aparecessem mais. Luiz Adriano passou a fazer gol com mais frequência, Rony resolveu entrar no ritmo de jogo de quando atuou pelo Athletico Paranaense, Zé Rafael passou a lembrar aquele que se destacou no Bahia, e o jovem Gabriel Menino parece que amadureceu anos em meses.

Quem não mudou foi Weverton. O goleiro, frequentemente convocado por Tite para a Seleção Brasileira, é o atleta mais constante do Palmeiras nos últimos anos: está sempre bem. E na semifinal da Libertadores da América foi quando ele mais apareceu. O Palmeiras venceu o River no jogo de ida por 3 x 0. Na volta, a equipe esteve irreconhecível, perdeu “apenas” por dois gols de diferença porque o paredão alviverde não deixou a vaga na decisão escapar pelas mãos.

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